Cuba oferece anistia a médicos que desertaram em missões internacionais
Publicado em: Modificado em:
Cuba permitirá o retorno ao país de médicos desertores em missões internacionais, que poderão ser reintegrados ao sistema de saúde nacional, deixando para trás uma política de sanções. A informação foi divulgada pelo ministério da Saúde Pública, nesta sexta-feira (4).
"Esses médicos têm a oportunidade, se assim desejarem, de se reincorporar ao nosso Sistema Nacional de Saúde, e terão garantida sua recolocação trabalhista em condições similares às que tinham", afirma um comunicado do ministério, publicado no jornal oficial Granma.
A medida também inclui as pessoas que imigraram legalmente depois da entrada em vigor da lei imigratória de 2013. Essas pessoas podiam retornar à ilha, mas sem retomar seu antigo emprego.
Brasil
Desde os anos 60, Cuba manteve fortes restrições migratórias aos médicos para impedir sua deserção “estimulados por políticas dos Estados Unidos”, segundo afirma o documento.
Alguns desses profissionais desertaram das missões internacionais, que mantêm atualmente 25.000 médicos e uma quantidade similar de paramédicos em 68 países. Brasil e Venezuela são alguns dos países que empregam médicos cubanos.
Os desertores e emigrados eram penalizados com cinco, oito ou dez anos sem poder visitar a ilha, e em alguns casos, inclusive, por toda a vida.
(com informações da AFP)