Escalada na guerra comercial entre China e EUA
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O primeiro-ministro chinês apelou ao livre comércio face a escalada na guerra comercial com os Estados Unidos. Donald Trump que esta semana anunciou taxas alfandegárias sobre um total de 171 mil milhões de euros das importações oriundas da China.
A China convocou o embaixador dos Estados Unidos, ao qual enviou um "protesto solene", em função das sanções de Washington a Pequim pela compra de armas russas - informou o "Diário do Povo", órgão do Partido Comunista.
Na quinta-feira, 20 de Setembro, Washington anunciou a sanção, pela primeira vez, contra uma entidade estrangeira pela compra de armas russas, atingindo uma unidade das Forças Armadas chinesas pela aquisição de caças e de mísseis terra-ar.
Esta troca de acusações é uma estratégia para que nem Pequim como Washington ocupem uma posição de fragilidade afirma Arnaldo Gonçalves, especialista de Relações Internacionais em Macau.
"Não devemos levar à letra este discurso (de Donald Trump) que é sobretudo um discurso retórico que prepara os Estados Unidos e a China para se sentarem à mesa das negociações e para encontrar um consenso que satisfaça a posição dos dois. Nenhuma das partes quer ir numa posição de fragilidade, e é por isso que os Estados Unidos estão a puxar a vazada para forçar a China a avançar em alguns aspectos", descreveu o académico.
Pequim reagiu no dia seguinte, manifestando sua "indignação" com as sanções.
As sanções financeiras americanas afectam o Departamento de Desenvolvimento de Equipamentos do Ministério chinês da Defesa.
O gesto do governo Trump é "uma violação flagrante das regras fundamentais das relações internacionais" e "uma demonstração pura e simples de hegemonia", criticou o porta-voz do Ministério da Defesa, Wu Qian.