África

Moçambique e Brasil de mãos dadas na saúde e na educação

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o Presidente da República de Moçambique, Armando Emílio Guebuza em julho de 2009
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o Presidente da República de Moçambique, Armando Emílio Guebuza em julho de 2009 blog.planalto.gov.br/

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu em Maputo que apenas a educação pode promover a igualdade de oportunidades entre os cidadãos e rejeitou o princípio da tutela do ensino pelo mercado .

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As declarações foram feitas durante o primeiro dia da visita oficial do chefe de estado brasileiro a Moçambique uma visita que se destaca, nomeadamente, pelas parcerias nas aéreas da saúde e da educação.
Lula da Silva destacou a importância da educação na «prosperidade dos povos», quando lecionava a aula inaugural do Programa de Educação à Distância, concebido pela Universidade Aberta do Brasil, e Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e Universidade Pedagógica, ambas de Moçambique. A parceria na aérea da educação vai abranger cerca sete mil alunos com custos estimados em mais de trinta milhões de dólares norte-americanos, para os próximos nove anos.

Nesta quarta-feira o Presidente do Brasil visita as instalações daquela que será a primeira fábrica de anti-retrovirais. Um projeto financiado com dinheiros públicos em toda a África e o primeiro do género em África, construída num país onde 2,5 milhões de pessoas são portadoras do vírus da sida, cerca de 11,5 por cento da população. Apesar disso, apenas 200 mil seropositivos moçambicanos recebem tratamento com medicamentos anti-retrovirais.

A fábrica de anti-retrovirais deverá começar a produzir em 2011 e resulta de um acordo de cooperação com o Brasil, que em 2008 decidiu financiar aquele projecto – que ao todo custará cerca de 26 milhões de dólares - com 20 milhões de dólares

Outro assunto que irá merecer a atenção dos dois países passa pelo projeto pró Savana, uma iniciativa que pretende desenvolver a agricultura na Savana moçambicana e que se der frutos pode vir a ser exportado para outros países africanos.

Com a colaboração do nosso correspondente em Maputo Carlos Jossia

Lula da Silva

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