Ataque contra Exército no Sudão mata 4 pessoas
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Quatro pessoas morreram num ataque contra o Exército Popular de Libertação do Sudão. O ataque acontece na véspera do referende sobre a autodeterminação do Sul do Sudão, que pode levar à divisão do maior país africano.
O ataque foi perpetrado por homens armados no distrito de Mayom, no estado petrolífero de Unity e e tinha como alvo as forças armadas do Sul do Sudão. O porta-voz do Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA) a organização lesada por este ataque, atribui a autoria do ato a Gutluak Gai, líder de uma milícia hostil ao SPLA.
O referendo sobre a autodeterminação do Sul do Sudão, tem lugar entre os dias 9 e 15 de Janeiro e pode levar à divisão do maior país africano e, consequentemente, ao nascimento de um novo estado. Mas, para tal, a opção independentista tem de contabilizar o maior número de votos e às urnas terão de ir pelo menos 60% dos inscritos.
Uma das grandes questões em volta desta votação prende-se com a aceitação dos resultados por parte do presidente sudanês Omar al-Bachir. Será que al-Bachir vai abrir mão de parte do seu território? E como irá tratar os sudaneses do sul? Duas perguntas às quais as respostas foram dadas pelo próprio. O presidente do Sudão garantiu que vai respeitar a decisão dos eleitores do Sul e, se a secessão vencer, compromete-se a ajudar a construir um país "irmão", "seguro" e "estável".
Contudo, Omar al-Bachir também advertiu que se a secessão for uma realidade, os sudaneses do sul serão considerados estrangeiros do norte e, por isso, terão tratamento de estrangeiro.
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