Tunísia em estado de sítio
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O caos e a desordem estão instalados na capital tunisina, e um pouco por todo o país, onde vigora o estado de emergência decretado, ainda antes da fuga para o exílio do ditador Ben Ali, no poder durante 23 anos.
A Tunísia voltou a ser palco de violência durante este fim de semana. Apesar das autoridades interinas terem anunciado um aligeirar do recolher obrigatório, a situação depressa se transformou, com batalhas de rua entre o Exército e milícias fiéis ao Presidente deposto, El Abidine Ben Ali. Os confrontos acabaram com militares a tomarem de assalto o palácio presidencial de Cartago, nos arredores de Tunes, onde se refugiaram elementos da guarda presidencial de Zine Ben Ali.
A Instabilidade que se vive na Tunísia está a ser acompanhada com preocupação no norte de África e no Médio Oriente. Diogo Noivo, especialista no norte de África, no Instituto português de relações internacionais e de segurança, entrevistado por Miguel Martins, fez uma análise da situação e reconheceu um possível alastramento da violência para os países vizinhos.
Som Diogo Noivo, Instituto português de relações internacionais e segurança
Entretanto e apesar do cenário de violência, segue no país o processo de transição politica, com o primeiro- ministro Mohammed Ghannouchi a consultar os representantes dos partidos e da sociedade civil de forma a ser constituído um governo de unidade nacional, cuja composição deve ser anunciada, oficialmente, até ao final do dia de hoje.
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