Arrancou a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 6 de Fevereiro
309 617 cabo-verdianos recenseados para as eleições legislativas e presidenciais de 2011. Tal representa 62,9% da populaçao do arquipélago, que é de 491 575, os restantes 37 645 cabo-verdianos recensearam-se na diápora, sobretudo em Portugal.
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Arrancou nesta quinta-feira dia 20 de Janeiro, a campanha eleitoral com vista às eleições legislativas de 6 de Fevereiro. Até às 24 horas de 4 de Fevereiro, os dirigentes políticos vão tentar conquistar os 309 617 mil eleitores inscritos nos 13 círculos eleitorais : 10 em Cabo Verde e 3 representando a diásproa - África, Américas, Europa e Resto do Mundo.
Dos 5 partidos em liça, apenas concorrem a todos os círculos os 2 principais partidos : Partido Africano para a Independência de Cabo Verde - PAICV no poder, presidido pelo Primeiro Ministro José Maria Neves, que briga um terceiro mandato - e o Movimento para a Democracia - MpD principal força da oposição, liderada pelo antigo Primeiro Ministro Carlos Veiga.
Os outros 3 partidos que disputam os 72 lugares à Assembleia Nacional são : a União Cabo-verdiana Independente e Democrática - UCID liderada por António Monteiro, o Partido Social Democrata - PSD de João Silvestre Além e o Partido do Trabalho e da solidariedade - PTS de João do Rosário.
A luta vai ser renhida, entre os "tambarinas" do PAICV cuja palavra de ordem é “mais Cabo Verde” e os seus adversários "ventoinhas" do MpD que apostam na “mudança”.
Pela primeira vez em Cabo Verde, os candidatos ao cargo de Primeiro Ministro, tiveram a ocasião de apresentar em pré-campanha as suas propostas para a governação do país nos próximos 5 anos, em debates difundidos pela rádio e televisão públicas.
Odaír Santos, correspondente da RFI na cidade da Praia, Cabo Verde
Nas eleições legilslativas de 2006 o PAICV venceu com maioria absoluta (52,38) tendo eleito 41 deputados, seguido pelo MPD (44,02%) que conquistou 29 assentos e a UCID (2,64%) que elegeu 2 deputados.
A abstenção foi na altura de 45,8%, a mais elevada de sempre desde a introdução do multipartidarismo no arquipélago em 1990.
Cabo Verde, que em 2008 deixou de pertencer aos grupo dos Países Menos Avançados (PMA), e passou a figurar no grupo dos Países de Desenvolvimento Médio (PDM), goza de boa cotação internacional.
O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, elogiam a sua boa governação e transparência, e segundo as Nações Unidas o país deverá cumprir as 8 metas dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, antes de 2015, final do prazo previsto.
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