EUA reforçam vigilância em aeroportos após morte de vítima do Ebola
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Os Estados Unidos vão reforçar o controle dos viajantes vindos da África do oeste em cinco aeroportos do país, numa tentativa de controlar a propagação do vírus Ebola. A informação foi divulgada após a morte, nesta quarta-feira (8), de Thomas Eric Duncan, o primeiro caso diagnosticado de febre hemorrágica no território norte-americano. Washington também pediu mobilização da comunidade internacional.
O liberiano Thomas Eric Duncan foi contaminado em seu país e entrou nos Estados Unidos com o vírus apesar do controle efetuado pelas autoridades de Monróvia. O caso provocou polêmica, pois o paciente avisou, ao dar entrada no hospital do Texas, que havia acabado de voltar de uma viagem à Libéria e, mesmo assim, foi liberado para voltar para a residência da namorada, cidadã americana.
Logo após o anúncio da morte do africano a Casa Branca anunciou que vai reforçar a vigilância nos aeroportos de Atlanta e de Chicago, além do JFK, em Nova York, Newark, no New Jersey, e Dulles, em Washington. O controle vai visar os passageiros vindos da Libéria, Serra Leoa e Guiné, os três países mais atingidos pela epidemia de Ebola. De acordo com o porta-voz da presidência norte-americana, Josh Earnest, esses aeroportos são o destino de 94% dos passageiros que chegam nos Estados Unidos vindos da zona de risco.
Os controles dos passageiros serão efetuados por profissionais especializados logo após a apresentação do passaporte, ao sair do avião. Além de terem sua temperatura medida, os viajantes vão responder a um questionário sobre os contatos que eles poderiam ter tido com doentes em seus países do origem.
Kerry pede ajuda internacional
Durante um entrevista coletiva nesta quarta-feira o secretário de Estado norte-americano John Kerry pediu que a comunidade internacional se mobilize contra a epidemia. “Os países devem fazer mais” para ajudar na luta contra “essa crise mundial urgente, que exige uma resposta mundial urgente”, disse o chefe da diplomacia dos Estados Unidos. “Não temos mais tempo a perder”, martelou.
A febre hemorrágica já matou 3,439 pessoa na África, segundo os últimos balanços divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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