Trump libera informações secretas sobre assassinato de Kennedy nos EUA
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (21) que irá autorizar a publicação de milhares de novos documentos sobre o assassinato do ex-presidente norte-americano, John F. Kennedy, mantidos em segredo por várias décadas.
"Sob reserva do recebimento de informações adicionais, vou autorizar, como presidente, que sejam abertos os arquivos confidenciais e há muito tempo bloqueados sobre JFK", escreveu neste sábado o presidente norte-americano Donald Trump em seu Twitter.
Cerca de cinco milhões de documentos sobre o assassinato de John F. Kennedy na cidade de Dallas, em 1963, provenientes principalmente dos serviços de inteligência, da polícia e do Departamento de Justiça dos EUA, são mantidos em Washington, dentro dos muros dos Arquivos Nacionais. A grande maioria das informações, cerca de 88% do total, já foi revelada ao público, de acordo com o órgão, e 11% destas foram publicadas após edição.
Na próxima quinta-feira (26), cerca de 3,1 mil documentos que nunca foram divulgados ao público poderão finalmente ser publicados, de acordo com a imprensa americana, bem como a versão completa de dezenas de milhares de documentos que foram editados.
O assassinato de Kennedy
Momento fundamental na história dos Estados Unidos, o assassinato em 22 de novembro de 1963 do jovem presidente em Dallas, no Texas, alimenta teorias da conspiração há décadas. Alguns duvidam que o atirador, Lee Harvey Oswald, seja o único responsável. As teorias da conspiração ganharam novo fôlego após o lançamento do filme "JFK" de Oliver Stone em 1991.
Diante do debate público, uma lei foi assinada em 1992, exigindo a publicação de todos esses documentos, com a manutenção do sigilo de uma parte deles até o prazo de 26 de outubro de 2017. O presidente dos Estados Unidos ainda pode decidir manter alguns segredos, por razões de segurança.
Citando membros da administração norte-americana, o jornal Politico indicou na sexta-feira (20) que Donald Trump estava sob pressão, principalmente da CIA, para bloquear a publicação de alguns desses documentos, especialmente aqueles que datam da década de 1990, porque poderiam expor agentes e informantes da CIA e do FBI ainda ativos.
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