Milhares tomam as ruas dos EUA contra o livre acesso às armas de fogo

Uma multidão de milhares de norte-americanos se aglomerou neste sábado (24) no centro de Washington, assim como em outras cidades dos Estados Unidos, pedindo medidas para controlar o acesso às armas de fogo.  

Milhares de manifestantes contra o livre porte de armas nos EUA, em 24 de março de 2018.
Milhares de manifestantes contra o livre porte de armas nos EUA, em 24 de março de 2018. REUTERS/Nacho Doce
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 As marchas foram convocadas e organizadas por jovens estudantes, cansados dos constantes ataques a tiros e massacres em escolas com armas de fogo, que deixam cerca de 30 mil mortos a cada ano no país. Multidões de adultos se somaram às manifestações, no que já se considera um dos maiores protestos em pelo menos uma geração.

Os oradores mais ovacionados em Washington foram vários dos sobreviventes do massacre do mês passado em uma escola de Parkland, na Flórida, onde 14 estudantes e três adultos foram mortos a tiros."Se juntem a nós e se preocupem, porque os eleitores vão falar", disse Cameron Kasky, sobrevivente desse ataque.

"Quantos mais têm que morrer?"

David Hogg, outro sobrevivente, falou à multidão que "podemos e vamos mudar este mundo". "Quantos mais têm que morrer?", perguntavam na manhã deste sábado incontáveis cartazes em referência ao último massacre de Parkland. "Eu serei a próxima?", dizia um carta levado por uma jovem em meio à multidão.

"Livros, não armas", "Protejam a vida dos jovens, não as armas", "Chega de armas!", eram algumas das frases repetidas milhares de vezes pela multidão que se mobilizava pela Avenida Pensilvânia, que liga a Casa Branca ao Capitólio, sede do Congresso.

Formalmente, a "Marcha pelas nossas vidas" pede a proibição da comercialização de fuzis de assalto, da venda livre de carregadores para armas semiautomáticas e o reforço dos controles de antecedentes das pessoas interessadas em comprar armas.

(Com informações da AFP)

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