Itália envia carta à Dilma Rousseff e pede extradição de Battisti
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O presidente da Itália, Georgio Napolitano, enviou, nesta sexta-feira, carta à presidente Dilma Roussef para pressionar o governo brasileiro pela extradição do ex-ativista italiano, Cesare Battisti. Ele foi condenado à revelia na Itália por 4 homicídios na década de 70 e está atualmente detido no Brasil.
A carta, entregue a embaixada brasileira na semana passada, pede que a nova líder brasileira respeite o acordo bilateral de extradição entre a Itália e o Brasil.
No texto, o presidente italiano se refere diretamente a Cesare Battisti, a quem chama de "terrorista". Alegando amargura e decepção, Napolitano diz que a Itália e as supostas vítimas de Battisti precisam "ver a justica prevalecer".
O presidente, mais uma vez, menciona a possibilidade de que o governo italiano recorra ao Tribunal Internacional de Justica para que oBrasil cumpra sua parte no acordo de extradição.
A pressão para a extradição do ex-ativista cresce na Europa. Ontem, o Parlamento Europeu adotou resolução pedindo ao governo brasileiro que reveja a decisão de não extraditar o Battisti para a Itália.
O voto no parlamento está sendo visto como um apoio moral e político à extradição do ex-militante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, condenado à revelia na Itália por quatro homicídios.
Por Paula Schmmit, correspondente da RFI na Itália
Correspondente da RFI
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