Nesta semana, anotamos na  Agenda Europa a mostra sobre as obras artísticas e estudos científicos de Leonardo da Vinci, em Milão. Em seguida fomos a Berlim curtir as fotografias de um alemão genial, Willy Maywald, que brilhou em Paris dos anos 30 até os anos 60. E terminamos com um mergulho no universo geométrico e colorido da artista francesa Sonia Delaunay, em Londres.

"Ritmo Sincopado" (A Serpente Negra), óleo de Sonia Delaunay,1967
"Ritmo Sincopado" (A Serpente Negra), óleo de Sonia Delaunay,1967 Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid © Pracusa
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Um estudo do Código Atlântico, de Leonardo da Vinci, coleção de 12 volumes de desenhos e textos.
Um estudo do Código Atlântico, de Leonardo da Vinci, coleção de 12 volumes de desenhos e textos. DR

Nada mais fascinante para se explorar do que o processo criativo de um gênio. E é esta rara oportunidade que a Sacrestia Del Bramante, em Milão, está oferecendo com a exposição "A Mente de Leonardo",  montada no conventode Santa Maria Della Grazie.

A personalidade e a riqueza da obra de Leonardo Da Vinci, os seus múltiplos campos de interesse e de estudo e a marca do seu talento no Renascimento italiano fazem a gente mergulhar no universo único de um dos homens mais inteligentes e talentosos de todos os tempos.

Certamente um dos pontos mais fortes da mostra são os desenhos do famoso Código Atlântico.

Durante seis meses, os 88 trabalhos de Da Vinci serão expostos em duas etapas, de três meses cada, que ilustram os principais temas do criador como arte, tecnologia e ciências.

Os seus estudos sobre geometria e matemática, arquitetura e mecânica, ótica e perspectiva, entre outros temas, se unem às pesquisas sobre o Cosmos, a Terra e, é claro, escultura, desenho e pintura.

Quem for à Milão para curtir a Exposição Universal, que começa no dia 3 de Maio, não pode perder a chance de descobrir "A Mente de Leonardo", na Sacrestia del Bramante, até 31 de outubro.

Maywald: o belo glamour

Como definir a obra do fotógrafo alemão Willy Maywald, um dos artistas mais importantes em Paris dos anos 30 aos anos 60?

A manequim Stella com vestido de cocktail do estilista Jacques Fath, Paris, 1955
A manequim Stella com vestido de cocktail do estilista Jacques Fath, Paris, 1955 Willy Maywald

Elegância pura talvez seja uma imagem aproximativa desse artista que deixou uma coleção genial de retratos.

Fotos de moda para as mais renomadas grifes da época, dança e imagens arquiteturais compõem o leque de sua obra, além de foto-­reportagens nas cidades do mundo percorridas pelo globe-trotter.

Para dar uma ideia, Maywald fotografou as coleções de Christian Dior, Pierre Balmain, Jacques Fath e Jeanne Paquin. Suas imagens eram tão luxuosas quanto os modelos usados pelas manequins: salas decoradas em alto estilo, carros fora de série, além de cenários nas ruas, como em frente a um cartaz ou de uma livraria antiga.

A arte de Maywald também teve destaque pela sua perfeição em lidar com a luz natural e artificial. Arte que pode ser admirada no livro "Retrato e Atelier", em que ele clica grandes pintores como Hans Arp, George Braque, Marc Chagall, Le Corbusier, Fernand Léger, Joan Miró, Georges Rouault e Maurice Utrillo.

"Willy Maywald. Fotófrafo e Cosmopolita. Retratos, Moda, Reportagens" é o nome da mostra em cartaz no Museu da Fotografia de Berlim até 28 de agosto.

O mergulho colorido de Sonia Delaunay

Vestidos Simultâneos (As três mulheres), óleo de Sonia Delaunay, 1925
Vestidos Simultâneos (As três mulheres), óleo de Sonia Delaunay, 1925 Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid © Pracusa

Arte abstrata, vanguarda, cores, cores, cores... Assim é o universo da artista plástica francesa Sonia Delaunay.

Na primeira metade do século XX, suas pinturas eram uma celebração do mundo moderno, do movimento, da tecnologia e da vida urbana, explorando novas ideias sobre a teoria das cores. E sempre ao lado de seu cúmplice e marido Robert Delaunay.

Já era tempo da Inglaterra homenagear a artista com uma retrospectiva. E foi a Tate Gallery que deu o passo, apresentando pinturas, tecidos e roupas realizadas por Sonia em seus 60 anos de carreira. A mostra é enriquecida com suas colaborações com poetas, coreógrafos e artesãos.

Quem estiver em Londres, tem até 9 de agosto para curtir, entre outras obras fantásticas, os Prismas Elétricos, as famosas telas coloridas de Sonia Delaunay.

Lisboa em ritmo de cinema independente

Desde o dia 23 de abril até 3 de Maio, Lisboa está em ritmo de Sétima Arte com o 12° Festival do Cinema Independente, o famoso Indie-Lisboa. Frequentado por nomes confirmados e novos talentos, o Indie tem várias seções: Na competição internacional por primeiras, segundas e terceiras obras, competem longas e curtas metragens de ficção, animação, documentário e filmes experimentais.

Na competição nacional os longas e curtas portugueses, inéditos, buscam seu lugar ao sol.

Uma característica desse festival é colocar a música no seu epicentro; o IndieMusic, uma das seções de maior sucesso,  mostra documentários ou filmes de concertos de artistas e bandas.

Em 2015, o foco está apontado para as bandas Belle and Sebastian, Morphine, Death From Above 1979, Manic Street Preachers, Lee Scratch Perry e Tochapestana.

Ouça a banda Manic Street Preachers cantando Show the Wonder

 

 

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