Nesta semana vamos à Escócia, onde acontece a mostra de um dos mais importantes pintores da Pop Art. Depois, que tal voltarmos 20.000 anos no tempo e entrar em uma caverna pré-histórica, em plena Paris? Antes de voarmos para Viena para curtir o diálogo entre uma rebelde contemporânea e o consagrado pintor expressionista Egon Schiele.
A Escócia, ao lado das tradições, respira ares de grande modernidade. E é nesse espírito que a Galeria Nacional de Arte Moderna de Edimburgo está expondo o projeto "Reflections", com a presença de diversos artistas famosos.
Três salas do museu recebem atualmente os trabalhos de um dos papas da Pop Art, o americano Roy Lichtenstein, considerado um dos criadores mais importantes do século 20. Amplamente comercializada, sua produção se popularizou ao ser estampada em produtos e propagandas. Quem não reconhece o rosto pontilhado daquela linda mulher com uma lágrima no rosto?
Com cores primárias e técnicas precisas, Lichtenstein criou obras que se inserem totalmente na estética dos nossos tempos e continuam provocando reflexões, justamente!
Artists Rooms é o nome da mostra que pode ser vista até janeiro de 2016.
Voltando à Pré-História
Monumento histórico da França, Lascaux é um conjunto de cavernas do período paleolítico que fica na região da Dordogne, no sudoeste do país. Chamada de "Capela Sixtina de Pré-História", seus desenhos e inscrições são famosos no mundo todo.
Imageinem agora a caverna reproduzida em Paris em uma exposição surpreendente no Parque de Exposições de Versalhes, que faz o visitante entrar em contato direto com a arte rupestre graças a uma visita virtual em 3D, maquetes, imagens de arquivo e jogos interativos. Não é incrível?
O jornalista científico e historiador Pedro Lima, especialista de arte pré-histórica e autor do catálogo da exposição, explica essa viagem ao maravilhoso monumento. "A exposição é uma oportunidade para os visitantes admirarem uma obra absolutamente magnífica, que foi criada há 20.000 anos, no sul da França. E o que se pode admirar são pinturas de cores muito diferentes como vermelhos, amarelos, pretos... porque as pessoas que as fizeram dominavam muito bem a técnica da pintura e da gravura. Pela primeira vez pode-se admirar obras que nunca foram vistas desde que a gruta fechou ao público em 1963, por necessidade de preservação", diz Pedro Lima.
"Lascaux em Paris" pode ser vista até 30 de agosto, no Parque de Exposições de Versalhes.
Dialógos improváveis
A inglesa Tracey Emin é hoje uma figura de proa da arte contemporânea, e com fama de "enfant terrible" e
superstar! Um perfil ideal para dialogar com o atormentado artista plástico austríaco Egon Schiele, e em casa, ou seja, em Viena, no Leopold Museum.
São mais de 80 obras de Tracey que se relacionam com uma seleção bastante pessoal dos desenhos de Schiele.
Os dois artistas são de gerações diferentes. Schiele morreu aos 28 anos em 1918 e Tracey Emin nasceu em 1963. Mas o tempo não impediu, ao contrário, ajudou os dois a se encontrarem através de seus universos paralelos, estranhos e fortes. Em ambos é marcante a exploração de temas como amor, sofrimento, desejo, e sexualidade.
Além do diálogo com Egon Schiele, a mostra no Leopold Museum faz o público descobrir pinturas, aquarelas, vídeos, esculturas e instalações que compõem a trajetória da também feminista Tracey Emin.
A exposição pode ser visitada até 14 de setembro.
Ouça a banda inglesa London Grammar interpretando "Waste my young years"
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