Com favorito alemão, 5° dia de Cannes tem filmes de segregação racial e poesia
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O Festival de Cannes entra no quinto dia (16) com um forte favorito para a Palma de Ouro, mesmo se ainda resta mais da metade a ser vista. Trata-se da comédia dramática Toni Erdman, da diretora alemã Maren Ade, que com seu enredo sobre a relação de um pai com a filha provocou uma paixão fulminante e unânime nos cinéfilos aqui do festival.
Enviada especial a Cannes,
As projeções desta semana começam com o quarto filme do norte-americano Jeff Nichols que fala de um caso real. Loving se passa em 1958 no Estado da Virginia: o casal Mildred e Richard Loving, ele branco e ela negra, se casam e são condenados por causa da lei segregacionista; se anulassem a união a pena seria suspensa. Eles vão lutar 19 anos pelo direito de se amar livremente até chegar ao Supremo Tribunal Federal.
Motorista poeta de Jarmusch
O segundo longa, também americano, se chama Paterson, do consagrado Jim Jarmush.
A trama se passa em New Jersey, cidade famosa por seus poetas, e fala sobre um motorista de ônibus que escreve poesias em um caderno secreto.
Jarmusch já foi nomeado seis vezes para a Palma.
Brasil revive momento histórico do cinema
É nesta segunda-feira também que o cineasta brasileiro Eryk Rocha, filho de Glauber, projeta na seção Cannes Classic seu filme-ensaio Cinema Novo, sobre um dos maiores movimentos do cinema brasileiro e latino-americano.
A obra traz o Cinema Novo visto pelos seus próprios autores: Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, Ruy Guerra, Walter Lima Jr., Paulo César Saraceni, entre outros.
Eryk Rocha compete na seção O Olho de Ouro, que compila todos os documentários do festival.
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