Crise/Irlanda

Representantes da UE e do FMI vão à Irlanda negociar plano de ajuda financeira

No segundo dia da reunião em Bruxelas, os ministros da Economia da zona do euro aumentaram a pressão para que a Irlanda aceite a ajuda financeira dos países do bloco. O objetivo é evitar que a crise bancária irlandesa contamine outros membros da União Europeia. Apesar das suas reticências, o governo de Dublin deve acabar aceitando a ajuda. 

O comissário europeu para assuntos financeiros, Olli Rehn, afirmou hoje que o plano de ajuda à  Irlanda enfatizará o setor bancário.
O comissário europeu para assuntos financeiros, Olli Rehn, afirmou hoje que o plano de ajuda à Irlanda enfatizará o setor bancário. Reuters
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Letícia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas

Nesta quinta-feira, uma missão com representantes da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu desembarca em Dublin para preparar um plano de ajuda à Irlanda. Segundo o comissário para Assuntos Financeiros do bloco, Olli Rehn, o pacote vai dar ênfase ao setor bancário.

Ministros das Finanças da União Europeia tentaram minimizar a crise irlandesa e preferiram não detalhar as discussões sobre a questão, durante o encontro desta quarta-feira, em Bruxelas. Porém, o aumento da pressão sobre a Irlanda é real. E os sinais estão cada vez mais claros de que o governo de Dublin deve acabar aceitando o socorro financeiro internacional.

Se a Irlanda pedir formalmente a ajuda, a UE e o FMI terão condições de socorrer o país em um prazo de cinco a oito dias úteis. Analistas estimam que os valores do Fundo Europeu de Estabilização Financeira possam chegar a € 100 bilhões.

Mais cedo, o ministro das Finanças da Irlanda, Brian Lenihan, disse que pretende ter um "engajamento intensivo" com as autoridades que vão discutir os melhores meios para dar suporte ao sistema bancário do país. O governo em Dublin teme perder a soberania do país, e ficar sob a tutela de seus parceiros europeus.

Ontem, os ministros das Finanças da zona do euro declararam estar determinados a ajudar a Irlanda, caso seja necessário. A União Europeia considera fundamental reestabelecer a confiança no setor bancário irlandês para evitar o agravamento da crise nos países da zona do euro.

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