Interpol debate operação para recuperar fortuna desviada por Kadafi
Ministros do Interior e da Justiça de 110 países estão reunidos em Roma para o encontro anual da Interpol. Um dos principais assuntos em discussão é a estratégia para recuperar a fortuna do ex-ditador Muammar Kadafi e devolvê-la ao povo líbio.
Publicado em:
Gina Marques, correspondente da RFI em Roma
Nestes quatro dias em Roma, a reunião ministerial da Interpol vai tratar de diversos temas de interesse mundial como violência, crime organizado, tráfico de drogas e de seres humanos, além do terrorismo. Durante o evento também será nomeado o novo presidente da Interpol, que pela primeira é vez uma mulher, a francesa Mireille Ballestrazzi.
No entanto, o que mais chama atenção é problema do dinheiro que Muammar Kadafi e pessoas de seu entorno enviaram ao exterior. Durante a entrevista coletiva em Roma para apresentar a conferência ministerial, o diretor-geral da Interpol, Ronald K. Noble, disse que já nesta segunda-feira haverá um encontro com o ministro do Interior da Líbia, Achour Chwayel, para falar do tesouro do ex-ditador líbio.
Segundo estimativas, Kadafi tinha mais de US$ 100 bilhões no exterior. Em março deste ano, com um mandato internacional do Tribunal de Aja, a polícia italiana sequestrou bens e investimentos de aproximadamente US$ 1 bilhão que o ex-ditador da Líbia tinha em grandes empresas da Itália. De acordo com a Corte Penal Internacional, esse dinheiro servirá a ressarcir as vítimas do ex-regime líbio.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro