Governo da Eslovênia pede "solidariedade europeia" para lidar com fluxo migratório
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De acordo com o governo da Eslovênia, país não tem estrutura para receber tantos migrantes. O parlamento esloveno vota nesta terça-feira (20) um projeto de lei do governo que permite aos militares ajudar a polícia a regular a onda de migrantes que chega ao país desde o último final de semana, vindos da Croácia.
"O fluxo migratório ultrapassa nossas capacidades", declarou nesta manhã o governo que pede a "solidariedade europeia" diante do "peso desproporcional" que representa a chegada dos candidatos ao exílio.
A Eslovênia, pequeno país de 2 milhões de habitantes que integra a União Europeia e o espaço Schengen, recebeu 8 mil migrantes só nesta segunda-feira (19). Apenas 2 mil deles puderam continuar o caminho em direção a Áustria, garante o governo esloveno que acusa Viena de deixar entrar no país um número limitado de refugiados, informação que foi desmentida pelo governo austríaco.
A Eslovênia passou a ser a nova rota dos migrantes na Europa do Leste desde o último sábado, quando a Hungria fechou sua fronteira com a Croácia.
A grande maioria desses refugiados tenta chegar na Alemanha, eleita como eldorado após a decisão da chanceler Angela Merkel de acolher 800 mil migrantes. Mas o fluxo ultrapassa todas as expectativas, diminuindo a popularidade de Merkel e alimentando manifestações xenófobas.
Nesta segunda-feira, milhares de partidários do movimento de extrema-direita Pegida se reuniram em Dresden. Houve confrontos com militantes pela acolhida dos refugiados e uma pessoa ficou gravemente ferida.
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