De Zona Franca, Andorra quer virar resort chique
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Espremido na fronteira entre a França e a Espanha, no topo da cordilheira dos Pirineus, o Principado de Andorra é o sexto menor país da Europa, um pouco menor do que Maceió, capital de Alagoas. Vivendo basicamente do turismo, o pequeno país quer mudar sua reputação de paraíso fiscal e Zona Franca.
Dos oito milhões de turistas que visitam Andorra anualmente, 75% não pernoitam no país. São espanhóis (a grande maioria) e franceses (apenas 20%) que sobem a sinuosa estrada da cordilheira para comprar cigarros e bebidas alcoólicas mais baratas, graças à Zona Franca, único atrativo do principado fora a exuberante natureza das montanhas.
Depois de sanear o seu sistema bancário em 2011, tentando se livrar da desonrosa pecha de “paraíso fiscal”, a Agência de Desenvolvimento do Turismo Andorrano quer transformar o principado numa sofisticada destinação turística, sobretudo para os amantes de esqui na neve.
“Do turismo provêm 30% do nosso Produto Interno Bruto, mas, se contarmos com a receita indireta, esse montante sobre para 60%”, explica Bedim Budzaku, diretor geral da agência.
Aeroporto, esqui e cassinos
Entre os turistas que passam mais tempo em Andorra, estão os russos e britânicos, que chegam a gastar € 130 por dia em média. O governo de Andorra quer aumentar essa média para € 160 até 2019, investindo ainda na diversificação dos turistas. As autoridades visam, sobretudo, os vizinhos, espanhóis e franceses, com mais poder aquisitivo, na esperança de que eles passem as férias no principado.
A estratégia de Andorra se baseia na atração de grandes redes hoteleiras internacionais, que possam explorar as duas estações de esqui já existentes, e no lançamento de campanhas de marketing com a presença de estrelas do cinema ou da televisão. Além disso, o principado considera a possibilidade da abertura de um cassino, que poderá atrair, sobretudo a clientela asiática – 4 mil deles, na sua maioria chineses, já descobriram Andorra no ano passado.
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