Congresso Mundial de Telefonia Móvel aposta na revisão de clássicos
A edição de 2017 do Congresso Mundial de Telefonia Móvel, que começou nesta segunda-feira (27) em Barcelona, deve ser marcado pelas apostas nas redes 5G, mas também pelo retorno de um clássico, o Nokia 3310, modelo mítico da marca, lançado pela primeira vez há 17 anos. As atenções também estarão voltadas para aparelhos com maior capacidade em suas baterias.
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Cerca de 2 mil expositores, entre operadoras, fornecedores de tecnologia, fabricantes de celulares e start-ups de mais de 200 países se reúnem durante os quatro próximos dias em Barcelona. Mais de 100 mil visitantes são esperados para essa que é uma das principais exposições do setor de novas tecnologias no mundo. Muito além da tão evocada 5G, que deve chegar ao mercado em 2020, dos veículos e drones conectados aos celulares, está a revisão de clássicos, o que mostra que a tecnologia também pode evoluir valorizando grandes ícones do passado.
Nokia 3310 está de volta
É o caso da finlandesa HMD Nokia, que detém os direitos de uso da marca Nokia, e lança no evento uma versão repaginada do mítico Nokia 3310. O aparelho chegou ao mercado pela primeira vez em 2000, com a promessa de ser um dos primeiros celulares destinados ao grande público. O produto não deixou a desejar por sua qualidade, durabilidade, a novidade da antena interna, a leveza (133 gramas contra 150 gramas em relação ao modelo antecessor, o Nokia 3210) e a tela que se iluminava e facilita a utilização tanto de dia quanto à noite.
Além disso, o aparelho disponibilizava uma quantidade rara para a época de aplicativos: calculadora, cronômetro, 35 toques sonoros, a possibilidade de escrever SMS com mais de 160 caracteres, entre outros. Mas o que mais conquistou os fãs do Nokia 3310 em todo o mundo foi sua robustez, que permitia a sobreviver aos choques e quedas e, especialmente, sua bateria, que durava vários e longos dias.
{{ scope.legend }}
© {{ scope.credits }}Resta saber se o modelo relançado em Barcelona vai convencer um público já acostumado às multifuncionalidades e à revolução causada no setor com os smartphones. À primeira vista, percebe-se que a HMD aposta no design retrô do aparelho, com sua pequena tela quadrada de apenas 2,4 polegadas e o pequeno teclado alfanumérico. As diferentes cores, a leveza do aparelho e a promessa da bateria de longa duração podem reconquistar os antigos fãs deste mítico modelo.
Também dentro do saudosismo do início dos anos 2000 e da duração das baterias inerente aos celulares desta época, a Blackberry, agora pertencente ao grupo chinês TLC, também aposta no retorno ao mercado com um smartphone que pode passar vários dias sem ser recarregado. A também chinesa Huawei aposta em um aparelho com baterias que duram até dois dias. Nessa mesma linha das baterias de longa duração vai a sul-coreana LG, que pena para se estabilizar no mercado da telefonia móvel, e apresenta o LG G6 em Barcelona
Mais de 5 bilhões de pessoas terão um celular até o final de 2017
Na abertura do congresso, um número impulsiona os fabricantes. Mais de 5 bilhões de pessoas terão um telefone celular até o fim do ano. A informação é divulgada pela Associação Mundial dos Operadores (GSMA). De acordo com as previsões da instituição, até 2020 esse número deve chegar a 5,7 bilhões, ou seja, um quarto da população mundial.
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