Exposição/Prince

Retrospectiva homenageia Prince em Londres com objetos icônicos

A roupa usada por Prince em "Purple Rain" em destaque na exposição "My name is Prince", em Londres, em 26 de outubro de 2017.
A roupa usada por Prince em "Purple Rain" em destaque na exposição "My name is Prince", em Londres, em 26 de outubro de 2017. REUTERS/Peter Nicholls

De capas de Purple Rain até os óculos usados pela estrela nas fotos de seu último álbum, uma grande exposição em Londres retraça a carreira do cantor norte-americano Prince por meio de objetos apresentados pela primeira vez fora de seus estúdios de Paisley Park.

Publicidade

“A montagem da retrospectiva deu muito trabalho porque Prince guardava tudo", afirmou Mitch Maguire, diretor de operações do famoso estúdio de Paisley Park. "Somente 2% do que foi preservado é apresentado durante essa exposição em Londres", revelou Angie Marchese, curadora da grande retrospectiva “My name is Prince”, que será aberta nesta sexta-feira (27) na capital do Reino Unido.

Munido de guias audiovisuais, o visitante poderá rastrear os principais estágios da carreira artística do "Menino de Minneapolis" por meio de instrumentos, figurinos e prêmios recebidos por Prince ao longo de sua carreira. Desde seu primeiro álbum, “For You”, lançado em 1978 aos 19 anos, Prince exibia seus talentos como músico: a ele são atribuídos os 27 instrumentos utilizados durante as nove canções do disco.

Sua legendária guitarra Chuck Orr, que apareceu a partir de 1979, no clip de Why you wanna treat me so bad, e que acompanhará o artista ao longo de sua carreira, é apresentada na mostra retrospectiva, além do baixo que serviu de modelo para Cloud, outra guitarra-fetiche do músico.

"Parental Warning - Explicit Content" (“Aviso Parental – Conteúdo Explícito”)

Um grande espaço é dedicado ao álbum Purple Rain e ao filme homônimo, destacando o famoso casaco violeta usado pelo artista durante várias de suas cenas.

"Este álbum e o filme, lançados em 1984, realmente o catapultaram para o ranking dos superstars", analisou Mitch Maguire, lembrando que Prince recebeu o Oscar de Melhor Música Original para a faixa Purple Rain.

"Mas antes ele teve uma enorme carreira, até 2016 [ano de sua morte]. Se as pessoas se derem ao trabalho de observar isso, ficarão realmente surpresas com todo o trabalho que ele fez", disse Maguire. Os fãs notarão, no entanto, que as décadas de 1990 e 2000 são menos documentadas, e evocadas durante a retrospectiva principalmente do ângulo do conflito entre o artista e a Warner Bros, sua gravadora. O resultado deste conflito foi marcado pelo lançamento de um triplo álbum de título evocativo, Emancipation, sob seu próprio selo.

Entre os telões que transmitem as gravações de concertos são expostos vários cadernos de anotações do artista, abordando temas como amor e sexualidade. Entre as criações de Prince, as letras da música, Darling Nikki, ajudaram a lançar o debate nos Estados Unidos que levará à criação do aviso parental, o "Parental Warning - Explicit Content", que consta impresso na capa de seu álbum Graffiti Bridge, lançado em 1990.

Uma grande sala circular mostra parte do guarda-roupa do artista, seus figurinos de espetáculos e seus numerosos acessórios - colar, óculos "terceiro olho" e kits de maquiagem. Instalada no O2 Arena, local de East London que recebeu o cantor durante 21 shows em 2007, a exposição "My Name Is Prince" fica em cartaz até 7 de janeiro de 2018.   

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI