Com ventos de 176 km/h, tempestade Leslie atinge Portugal
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A tempestade Leslie atingiu Portugal neste domingo (14) de manhã, arrancando árvores, deixando centenas de milhares de casas sem eletricidade e parte do país em alerta máximo. O ciclone agora deve chegar hoje ao norte da Espanha, que se prepara para fortes chuvas.
Segundo o presidente do Instituto de Meteorologia português, Jorge Miranda, o ciclone, que vagava pelo oceano Atlântico desde o dia 23 de setembro, se transformou em tempestade pós-tropical. Leslie já está deixando o território português, e a situação, diz o meteorologista, “voltará rapidamente ao normal”.
As regiões mais atingidas foram Lisboa, Leiria e Coimbra, onde árvores foram arrancadas, tetos quebrados e áreas foram inundadas. Centenas de milhares de pessoas ficaram sem eletricidade e tiveram que deixar suas casas.
“Nunca tinha visto nada parecido. A cidade parecia em guerra, com carros amassados por árvores que haviam caído”, declarou ao canal SIC um habitante de Figueira da Foz, cidade a 200 km no norte de Lisboa. “Ficamos bloqueados durante mais de uma hora na sala de espetáculos, sem eletricidade e telefone. As pessoas estavam muito preocupadas”, declarou.
Voos cancelados
Em Portugal, as autoridades recomendaram à população que mantivesse distância das áreas costeiras e evitasse deixar suas casas. No início da noite, fortes ondas começaram a quebrar nas areias das praias situadas no sul da capital portuguesa. A companhia aérea TAP chegou a cancelar sete voos com chegadas e partidas previstas em Lisboa.
A tempestade Leslie agora deve atingir as regiões de Astúrias, Leon e Cantábria, na Espanha, onde são esperadas fortes chuvas. A Defesa Civil do país pediu prudência aos motoristas e recomendou aos habitantes que ficassem longe das árvores e canteiros de obras.
Segundo os meteorologistas, Leslie é o ciclone mais poderoso que atingiu Portugal desde 1842. Nos últimos 176 anos, apenas o furacão Vince chegou à península Ibérica, no sul da Espanha, em 2005. Em outubro de 2017, os ventos violentos e a onda de calor que passaram por Portugal e na região da Galícia, na Espanha, provocaram diversos incêndios florestais, que deixaram cerca de 40 mortos.
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