Após dois dias de declínio, número de mortos por Covid-19 volta a subir na Itália
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O número de mortos na Itália começou a subir novamente nesta segunda-feira (6), com 636 mortes adicionais em 24 horas, após dois dias consecutivos de declínio, anunciou a Proteção Civil italiana.
A Itália, o país mais atingido pela epidemia de Covid-19, com um total de 16.523 mortes em mais de 132.000 casos, começou a esperar uma pausa após registrar quedas significativas no sábado (4) e domingo (5), em comparação com as 766 mortes de sexta-feira (3).
A Lombardia, o pulmão econômico da península, continua sendo a região mais afetada, com 9.202 mortes em mais de 51.000 casos, seguidas por Emilia-Romagna, 2.108 mortes em mais de 17.000 casos.
O número de pacientes em terapia intensiva continuou a declinar pelo terceiro dia consecutivo, com 79 pacientes a menos em comparação com o domingo, totalizando 3.898 pessoas.
Durante sua entrevista coletiva diária, o chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli,anunciou a criação de um fundo "destinado a ajudar as famílias de profissionais de saúde que morreram nesta crise".
Várias dezenas de médicos morreram de coronavírus na Itália desde o início da pandemia, segundo dados da Ordem dos Médicos. No total, 12.252 profissionais de saúde foram contaminados, segundo o Instituto Superior de Saúde.
Questionado sobre o início da fase 2, a retirada gradual e parcial de medidas estritas de contenção e fechamento de atividades econômicas não essenciais, Borrelli disse que o governo tomaria uma decisão antes de 13 de abril (segunda-feira de Páscoa, feriado na Europa), a data em que essas medidas expiram.
"O comitê técnico-científico está atualmente realizando avaliações, mas caberá aos tomadores de decisão política e, portanto, ao Conselho de Ministros e ao Presidente do Conselho decidir a data e as modalidades" desta fase 2, disse ele.
Uso obrigatório de máscaras
Um número crescente de regiões italianas está introduzindo o uso obrigatório de uma máscara protetora ou, na sua falta, de um cachecol cobrindo o nariz e a boca, assim que alguém sai de casa.
Depois da Lombardia, a Toscana (centro) anunciou a introdução desta medida até o final da semana, e Emília-Romagna (centro-norte) também está considerando.
“Não podemos ficar trancados em casa para sempre, mas consideramos que esse sacrifício deve ser mantido por mais duas ou três semanas para impedir a propagação. No que diz respeito às máscaras, provavelmente teremos que nos acostumar a usá-lo nos próximos meses", afirmou, por sua vez, o secretário de saúde da região da Lombardia, Giulio Gallera.
(Com informações da AFP)
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