Franceses consomem mais produtos de outros países
É o que mostra um estudo do Ministério da Indústria do país. A etiqueta “made in France” não é uma prioridade para os consumidores, que estão mais preocupados com a eficácia de um produto do que sua origem.
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Se o mundo está mais globalizado e as importações de produtos estrangeiros se intensificam, a França não escapa desta tendência. Pela primeira vez, o Ministério da Indústria do país encomendou uma pesquisa que constatou a queda do consumo de produtos Made in France pelos próprios franceses. Em 2009, apenas 69% dos produtos com a etiqueta made in France tinham todos os componentes fabricados no país, contra 75% em 1999.
Em dez anos, o percentual caiu de 66% para 64%. Entre os setores que utilizam cada vez mais componentes estrangeiros em suas produções estão as indústrias ferroviária, aeronáutica, farmacêutica e automobilística. Para ter uma ideia, em 2009, de cem carros comprados na França, apenas 43 foram fabricados em território nacional, contra 57 em 1999.
Para o diretor da Federação Francesa da Indústria Mecânica, Claude Charrier, os consumidores se preocupam mais com a performance e a concepção de um produto do que com a sua proveniência. Já na indústria da moda, este conceito é um pouco contraditório. Um casaco cujo tecido é chinês e que foi cortado no Marrocos recebe a etiqueta Made in France se sua confecção e costura foram realizadas na França. Quem diria que aquela tão desejada bolsa Yves Saint-Lauren começou a ser fabricada longe da Europa?
Apesar deste detalhe, os setores que ainda são considerados mais franceses do que outra coisa são justamente o da moda e do luxo, da tecnologia de informação e da construção naval.
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