Caso Bettencourt volta às manchetes da imprensa francesa
O caso Bettencourt, envolvendo a mulher mais rica da França, a herdeira do grupo de cosméticos L'Oréal, volta às manchetes da imprensa francesa nesta sexta-feira.O jornal conservador Le Figaro publica na íntegra uma carta de Françoise Meyers, filha de Liliane Bettencourt, à ex-contadora de sua mãe, Claire Thibout, propondo pagamento de uma enorme soma de dinheiro em troca de sua demissão e de informações.
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Claire Thibout está no centro do caso Bettencourt, uma briga familiar que virou um escândalo político após revelações de que a herdeira do grupo L'Oréal deu dinheiro para a campanha do presidente Sarkozy de maneira ilegal. O Libération dá destaque para outro personagem do caso, o atual ministro do Trabalho Eric Woerth. Ontem o ministro admitiu ter recomendado ao presidente Sarkozy a entrega da medalha da Legião de Honra, uma alta distinção na França, à Patrice de Maistre, gestor da fortuna de Liliane Bettencourt. A confissão, segundo o Libération, relança as suspeitas de conflito de interesses do ministro, cuja mulher foi contratada para trabalhar na empresa que administra os bens da bilionária francesa.
Mau negócio
O econômico Les Echos traz em título uma constatação terrível para os investidores franceses. O CAC 40, principal índice da bolsa de valores de Paris, perdeu metade de seu valor em 10 anos. Uma década perdida para os acionistas, titula o jornal. Segundo o Les Echos, neste período mais de 400 bilhões de euros viraram fumaça devido a três grandes crises, a principal delas, o estouro da bolha internet. É o fim do mito das ações como melhor refúgio para investimento, afirma o diário econômico.
O católico La Croix dedica sua reportagem principal a um balanço dos seis meses da abertura do Conselho Constitucional aos cidadãos franceses. A constatação é de que a instituição jurídica presta um grande serviço à população sobre direitos como pensões, prisão provisória entre outros temas. Daí a manchete: as liberdades estão mais protegidas. O comunista L'Humanité convoca os franceses a participar de manifestações neste sábado organizadas por diversas ONGS para protestar contra o que consideram uma "política xenófoba" do governo Sarkozy.
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