Hollande reconhece ameaça de terrorismo na Eurocopa
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O presidente da França, François Hollande, reconheceu neste domingo (5) que a ameaça de atentados durante a Eurocopa de futebol "existe", mas o país "nunca pode se deixar levar pelo temor". A maior competição de futebol da Europa começa nesta sexta-feira (10) na França, onde o evento será disputado em dez cidades.
"Essa ameaça vale, infelizmente, por um tempo que será longo", alertou o chefe de Estado, em entrevista à rádio pública France Inter. "Por isso, temos que apresentar todas as garantias para que a Euro seja um sucesso", enfatizou.
No mês passado, França prolongou o estado de emergência decretado depois dos atentados de novembro, que deixaram 130 mortos em Paris, e "colocou todos os recursos à disposição" para garantir a segurança do evento. Mais de 90 mil policiais e agentes de segurança privados serão mobilizados para proteger os estádios e as Fan-Zones, que devem receber 7 milhões de torcedores, de 10 de junho a 10 de julho.
Greve “incompreensível” em contexto de enchentes
Hollande também comentou os movimentos de greve nos transportes que podem atrapalhar o deslocamento dos torcedores entre as cidades-sede. As paralisações continuam nesta semana, contra a reforma na lei trabalhista e outros tópicos específicos de cada setor. “Estamos progredindo para encontrar uma saída", garantiu.
Uma nova jornada de manifestações nacionais está marcada para o dia 14 de junho. O primeiro-ministro, Manuel Valls, avalia que a greve dos trabalhadores ferroviários da companhia SNCF é “totalmente incompreensível”, em um contexto delicado em que o centro e o norte da França enfrentam transtornos pelas enchentes dos últimos dias. A greve afeta os trens metropolitanos, interdepartamentais e internacionais, uma situação que promete prejudicar a logística dos torcedores que planejaram assistir jogos em diferentes cidades francesas.
Além disso, os sindicatos de pilotos da companhia aérea Air France também pretendem cruzar os braços, de 11 a 14 de junho. François Hollande declarou que “ninguém compreenderia” se as greves atrapalhassem os turistas que virão ao país para prestigiar a Eurocopa.
Com informações AFP
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