França quer acelerar expulsões de clandestinos sem status de refugiado
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O primeiro-ministro francês Edouard Philippe apresentou nesta quarta-feira (12) um projeto para acelerar a análise da situação dos imigrantes que pedem asilo. As medidas também preveem a expulsão imediata dos clandestinos que não preenchem os requisitos para obter o status de refugiado.
De acordo com o primeiro-ministro, um projeto de lei será apresentado em setembro. O ministro do Interior, Gérard Collomb, declarou que os pedidos de asilo serão tratados em seis meses, contra um ano atualmente. Em relação aos refugiados que têm direito ao asilo, o premiê declarou que a França deve ser “exemplar” no tratamento da documentação.
O primeiro-ministro também prometeu que devem ser criadas 4 mil extras vagas em abrigos temporários em 2018 e 3500 em 2019 para os estrangeiros que solicitam asilo, além de 5000 vagas provisórias para favorecer a transição dos refugiados para moradias permanentes.
Imigrantes econômicos
O governo francês quer aperfeiçoar, nos processos burocráticos, a distinção entre os imigrantes econômicos e os refugiados oriundos de países em guerra, por exemplo. A ideia é ter mais firmeza na expulsão de estrangeiros que vêm à França clandestinamente por “opção”.
O premiê lembrou que, em 2016, dos 91 mil estrangeiros em situação irregular, apenas 31 mil receberam uma notificação para deixar o território, e menos de 25 mil retornaram aos seus países de origem. Édouard Philippe disse estar consciente da “dificuldade dessa questão”, e afirmou que as medidas serão detalhadas no projeto de lei.
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