Após demissão de ministro envolvido em escândalo, Borne assume pasta da Ecologia na França
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Em rápida substituição ao ex-ministro François de Rugy, decidida pelo Executivo na esperança de evitar um novo escândalo no governo, Elisabeth Borne assumiu nesta quarta-feira (17) sua nova função como ministra da Transição Ecológica na França.
“O presidente queria que isso fosse extremamente rápido, após diversas substituições anteriores que se arrastaram durante longos períodos”, confirmou uma fonte próxima ao Governo.
O Ministério da Ecologia, que já passava por um período de exposição negativa na mídia desde a demissão de Nicolas Hulot no final de agosto de 2018, não poderia ficar vago por muito tempo, quando sua participação política no governo Macron aumentou ainda mais com a ascensão dos partidos Verdes na Europa.
Este é o “fim do banquete” para François de Rugy, satiriza a imprensa francesa. Ele renunciou nesta terça-feira (16) como ministro da Ecologia, depois de uma semana de polêmicas em relação a refeições suntuosas pagas com verbas públicas, quando ele presidia a Assembleia Nacional, o Congresso francês.
Grandes desafios, no entanto, aguardam Elisabeth Borne à frente do novo ministério, desde escolhas energéticas à luta contra o desperdício. São assuntos complexos, com decisões que vão contra os interesses de diferentes setores, em um momento em que a França já está atrasada em seus compromissos climáticos. Por isso mesmo o Alto Conselho para o Clima pediu ao país que revisse sua política energética.
Pela primeira vez na história da França (desde a instalação da chamada Quinta República, em 1958) o governo, incluindo o primeiro-ministro, tem mais mulheres do que homens. Depois da partida de François de Rugy, substituído por Elisabeth Borne no Ministro da Transição Ecológica, existem agora 18 mulheres e 17 homens no governo.
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