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Eleições nos EUA e ameaça terrorista são destaques dos jornais franceses

No gráfico, em azul, cadeiras obtidas pelos democratas, e em vermelho, vagas dos republicanos.
No gráfico, em azul, cadeiras obtidas pelos democratas, e em vermelho, vagas dos republicanos. France24

Os jornais franceses que chegaram às bancas nesta quarta-feira fecharam antes da confirmação da vitória republicana nos Estados Unidos, e apenas dois diários destacam em sua primeira página as eleições legislativas americanas: Le Figaro e Les Echos.

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O conservador Le Figaro explica como o presidente Barack Obama pode se recuperar depois da derrota nas urnas que vai obrigá-lo a modificar seu jeito de governar nos dois últimos anos de seu mandato. Para o Le Figaro, o presidente americano tem duas escolhas: ou mantém inalterada sua política atual ou começa a cooperar com os adversários.

O jornal conservador lembra que Obama perde a maioria na Câmara como seu antecessor democrata Bill Clinton, em 1994 e o Le Figaro aconselha Obama a fazer o mesmo que fez Clinton com talento, adotar a chamada tática do triângulo, isto é, identificar as propostas aceitáveis no programa dos republicanos, cooperar para implantá-las e reivindicar o mérito das reformas para preparar sua reeleição em 2012.

O econômico Les Echos acredita que com a derrota de Obama, o Banco Central americano, FED, passa a ser o responsável por relançar a economia americana. O Fed anuncia esta noite o segundo plano de compra de ativos financeiros para dinamizar o crescimento do país.

La Croix e L'Humanité voltam a analisar a reforma da previdência na França. O jornal catoóico publica um suplemento especial explicando em detalhes a reforma que aumenta de 60 para 62 anos a idade mínima da aposentadoria no país. La Croix informa que a lei, aprovada na semana passada, deve ser promulgada antes do final de novembro pelo governo.

L'Humanité afirma que é o direito a felicidade após os 60 anos que o presidente Nicolas Sarkozy quer mutilar e convoca os franceses para a nova jornada de manifestação contra a reforma da aposentadoria, marcada pelos sindicados para o próximo sábado, seis de novembro.

Le Parisien está preocupado com a ameaça terrorista que pesa sobre a França. Após as novas ameaças de Bin Laden contra a França e o pacote suspeito endereçado ao presidente Nicolas Sarkozy, os agentes do serviço secreto francês aumentaram a vigilância e o governo realiza hoje uma reunião extraordinária antiterrorista, anuncia o tabloide.

Libération se interessa pela visita do presidente Hu Jintao à França que começa na quinta-feira. O jornal de esquerda revela que a visita foi precedida por um intenso trabalho de lobistas políticos e econômicos pró-China para convencer Nicolas Sarkozy a calar suas críticas sobre o desrespeito dos direitos humanos na China.

 

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