França na mira da Al Qaeda na África, afirmam jornais
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A morte dos dois reféns franceses no Níger, no último final de semana, está estampada na primeira página de todos os jornais desta segunda-feira. Os dois jovens franceses foram sequestrados na sexta-feira na capital Niamei e foram mortos no sábado durante uma operação militar franco-nigerina.
Para o Le Figaro, não há dúvida. Os dois franceses foram executados e a França está na mira do terrorismo. O jornal conservador informa que o presidente Nicolas Sarkozy denunciou ontem um ato bárbaro e garantiu que a França não vai aceitar nunca imposições de terroristas ou do terrorismo. A afirmação do chefe de estado visava justificar a participação da França na operação para tentar resgatar os reféns, operação criticada por alguns jornais.
L'Humanité, por exemplo, explica as razões do que chama de um “fiasco militar”. Os dois reféns franceses foram encontrados mortos no deserto na fronteira entre o Níger e o Mali. Lembrando a morte de outro refém francês após uma operação militar em julho passado, o jornal comunista afirma que “a força utilizada pelo governo francês não parece ser a melhor maneira para proteger a vida dos reféns. Cinco franceses ainda estão nas mãos de grupos terroristas na região.
Nenhum grupo ainda reivindicou o sequestro e os assassinatos do último final de semana. Para o Les Echos, os franceses foram executados pelo braço da rede terrorista Al Qaeda na região.
Libération e La Croix afirmam que foi decretada guerra à França. Libé escreve que após o rapto de vários franceses, o assassinato dos dois jovens mostra que Paris enfrenta uma escalada assassina da Aqmi, nome da rede terrorista Al Qaeda no Sahel. Segundo o jornal de esquerda, os franceses são considerados pelos militantes do grupo terroristas como integrantes das cruzadas católicas de antigamente que devem ser eliminados. La Croix informa que o ministro da Defesa da França, Alain Juppé chega hoje a Niamey, capital do Níger, com o desafio de tentar diminuir a ameaça terrorista contra os franceses no país.
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