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Para analistas, interesse russo guia Justiça ucraniana no caso Timochenko

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O caso que fez a União Europeia suspender diversos acordos com a Ucrânia, tem mais um capítulo nesta sexta-feira. A ex-primeira ministra ucraniana, Iúlia Timochenko, vai ser ouvida pela justiça de seu país na segunda audiência de um novo processo, onde ela é acusada por evasão fiscal e desvio de fundos durante os anos 90.Desde agosto de 2011, ela cumpre uma pena de 7 anos de prisão por abuso de poder no caso da crise do gás natural em 2009 envolvendo a empresa de gás ucraniana e a Gazprom russa. O contrato comercial assinado por ela com o então primeiro–ministro russo, Vladimir Putin, não teria tido a aprovação de seu governo e seria desvantajoso para a Ucrânia.Figura chave da revolução laranja, Timochenko foi premiê em 2005 e depois de 2007 a 2010. Ela denuncia uma vingança pessoal do atual presidente ucraniano, Viktor Ianoukovitch, para afastar do poder sua principal rival política. Em entrevista à RFI, Philippe de Suremain, ex-embaixador da França na Ucrânia e presidente da Associação Francesa de Estudos de Ucranianos e Artur Yirmoliv, mestre em relações internacionais da Universidade Estadual de Relações Internacionais de Moscou, na Rússia, analisam o impacto de caso político nas relações entre Ucrânia, Rússia e União Europeia.

Manifestação em Kiev pela libertação de Iúlia Timochenko, 22/11/2012
Manifestação em Kiev pela libertação de Iúlia Timochenko, 22/11/2012 REUTERS/Anatolii Stepanov