Em plena COP 21, poluição na China entra em alerta máximo
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Nesta segunda-feira (7), pela primeira vez a cidade de Pequim entrou em alerta vermelho por causa da poluição atmosférica.
Medidas de emergência foram tomadas diante do chamado "airpocalipse", que ameaça a capital do maior poluidor de gases de efeito estufa do planeta. Nos últimos dias, uma nuvem sufocante de poluição atingiu o norte da China. O governo atribui o fato às fumaças dos motores dos veículos, mas o grande consumo de carvão com a proximidade do inverno também é responsável.
O alerta à poluição vai provocar uma série de restrições para os 21 milhões de habitantes de Pequim, entre terça (8) e quinta-feira (10).
Medidas
A primeira iniciativa para conter a poluição vai ser o rodízio, de acordo com o número - par ou ímpar- das placas. Todos os veículos, particulares e oficiais, terão que seguir a regra, com exceção dos carros elétricos. Em um esforço suplementar, as autoridades locais também anunciaram a retirada temporária de 30% de seus veículos.
Em compensação, 200 ônibus suplementaires, a maioria elétricos e híbridos, estarão nas ruas para servir a população. As obras urbanas serão interrompidas e os caminhões para recolher restos de materiais não poderão circular.
Mortes prematuras
As escolas foram intimadas a suspender as aulas,mas a medida não é obrigatória. Na véspera, os colégios de Pequim já haviam suspendido as atividades no exterior.
A poluição do ar nas grandes cidades chinesas é um fenômeno permanente e uma das principais fontes de insatisfação da população, sendo igualmente apontada como causa de milhares de mortes prematuras.
Poluição
A Organização Mundial de Saúde recomenda um patamar médio de 25 microgramas de micropartículas por metro cúbico para cada 24 horas. Em Pequim, a densidade de partículas de 2,5 PM de diâmetro atingiu mais de 600 microgramas por metro cúbico, segundo os níveis de referência medidos pela embaixada americana na cidade.
Este cenário causou o alerta vermelho, deslanchado quando uma poluição muito forte dura três dias seguidos.
Na COP 21, pressionada, a China anunciou na semana passada a intenção de reduzir 60% de detritos dos principais poluentes de suas centrais de carvão até 2020, através da modernização de suas infraestruturas.
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