Economia/Relatórios

Crescimento continua desigual entre países ricos e emergentes

Tendência global é de desaceleração nos próximos meses. Relatório da OCDE diz que Brasil, Estados Unidos e Japão chegaram aos seus limites de crescimento. Já a Comissão Europeia elevou sua previsão de crescimento na zona euro este ano para 1,8%.

A sede da OCDE em Paris.
A sede da OCDE em Paris. Flickr/OCDE
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O relatório mensal produzido pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) indica uma possível desaceleração do crescimento econômico nos países desenvolvidos. A expansão econômica pós-crise vista em países como Brasil, Estados Unidos e Japão dá sinais de ter chegado a um limite, segundo a OCDE.

Dados de desempenho do mês de julho, analisados pela entidade, indicam que mesmo países que continuaram crescendo, como Alemanha e Rússia, podem estar se aproximando do ponto de inflexão.

Os sinais de desaceleração são ainda mais fortes para França, Canadá, Itália, Reino Unido, China e Índia.

Por outro lado, a Comissão Europeia elevou sua previsão de crescimento na zona euro este ano. Em maio, Bruxelas projetava 0,9% de crescimento nos 16 países que adotam a moeda única europeia. Na projeção atualizada nesta segunda-feira, Bruxelas aposta num aumento do Produto Interno Bruto da zona euro da ordem de 1,7%. O prognóstico de expansão econômica também dobrou para o conjunto da União Europeia, agora estimado em 1,8%.

A Alemanha puxou o crescimento europeu e deve continuar sendo o motor do bloco, com um aumento do PIB estimado em 3,4% em 2010. A França também evoluiu positivamente, passando de uma expansão do PIB de 1,3%, inicialmente previsto, para 1,6% este ano.

No entanto, Bruxelas observa em seu relatório que a situação dos países europeus continua frágil, com fortes desigualdades. Depois da crise na Grécia, o futuro da zona euro ainda é incerto, ameaçado pelo temor de uma crise bancária na Irlanda.

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