Até 2014, OTAN sai do Afeganistão
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O secretário–geral da OTAN, Anders Rasmussen, anunciou no final dos trabalhos desta sexta-feira que foi aprovado por consenso o novo Conceito Estratégico da Aliança, que vai justamente determinar as diretrizes da Organização nos próximos dez anos para torná-la “ mais flexível , mais leve e mais eficaz”.
Adriana Niemeyer, correspondente de RFI em Lisboa
Anders Rasmussen declarou que a Aliança não quer ser a polícia do mundo e deve agora criar um foco nas “novas ameaças” como os ataques terroristas, as armas de destruição em massa, pirataria e os ataques cibernéticos.
A “nova Otan” terá de agir com as “ameaças não convencionais”, já que a própria aliança acha improvável uma agressão militar convencional contra as forças da organização. Ainda mais agora que o acordo entre os Estados Unidos e a União Européia para instalação do escudo anti-míssil , Start II, foi alcançado nesta cúpula, devendo se intensificar com um acordo com a Rússia.
Segundo o embaixador norte-americano em Portugal, Alan Katz, as relações entre a Rússia, os Estados Unidos e vários países europeus melhoraram de tal modo que hoje é possível tratar da instalação do escudo anti-míssil sem que isso pareça uma provocação” . A aprovação desse acordo com o presidente russo, Dmitri Medvedev, será um marco histórico da Aliança, desde a guerra fria.
Outro tema importante da agenda é a retirada das tropas da OTAN do Afeganistão, que prevê já em 2011 o inicio da transição e da passagem do poder militar para as forças afegãs. O objetivo é que todas as tropas internacionais estejam fora do país em 2014.
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