"Na recente Cúpula de Lisboa, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) finalmente decidiu entrar no século 21. Logo depois da queda do Muro de Berlim e de desagregação da defunta União Soviética, a OTAN havia tentado reformar os seus objetivos e estratégia político-militar. Mas a época era triunfalista. O Ocidente acabava de ganhar a Guerra Fria. Não havia nenhum inimigo sério no horizonte. (...) Mas o mundo do século 21 chegou rápido. A globalização e a interdependência das economias e das sociedades de todo o planeta criaram novas e perigosas ameaças. (...) Hoje, o maior perigo vem de organismos não-estatais, verdadeiras ONGs do crime: terrorismo, tráfico de drogas e de armas, criminalidade transnacional, extremismo religioso (...) O novo conceito estratégico da OTAN diz claramente que todos estes perigos só podem ser combatidos de maneira “cooperativa”, não só com os aliados ocidentais, mas com todos aqueles que têm interesse em manter a segurança do planeta e que partilham o objetivo de relações internacionais pacíficas".Ouça a crônica de política internacional de Alfredo Valladão.