Ministro da Defesa sul-coreano pede demissão do cargo
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Seul confirmou a renúncia de Kim Tae-young, diante das fortes críticas contra a reação do país ao ataque da Coreia do Norte, na terça-feira, que causou a morte de dois civis e dois militares.
Dois dias após bombardear ilha sul-coreana, Pyongyang ameaçaou novos ataques e Seul anunciou que vai reforçar dispositivo militar nas cinco ilhas próximas da Coreia do Norte. Com o aumento da tensão na região, o ministro das Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, cancelou hoje sua visita à Coreia do Sul prevista para esta semana, alegando problemas de calendário. A China, principal aliada da Coreia do Norte, voltou a expressar sua preocupação com as manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e Coreia do Sul a partir de domingo na península coreana.
Para Pequim, os exercícios representam uma ameaça para a segurança e estabilidade regional. O porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, disse que seu país está em contato permanente com Washington e considera urgente a retomada das negociações sobre o programa nuclear da Coreia do Norte. Para Seul, as manobras servem para enviar sinais claros para seu vizinho do norte.
A imprensa sul-coreana afirma hoje que os tiros de artilharia da última terça-feira contra a ilha de Yenpyeong, que deixaram 4 mortos, podem ter sidos autorizados pessoalmente pelo ditador Kim Jong-il. Seu objetivo seria o de reforçar a posição de seu filho e sucessor Kim Jong-Un diante das Forças Armadas. O governo sul-coreano, que não confirma a notícia, renovou o pedido de um diálogo construtivo com a China para que o país use sua influência sobre Pyongyang.
Apesar dos apelos da comunidade internacional, a tensão continua. Enquanto os Estados Unidos deslocam uma frota militar que inclui até seu porta-aviões nuclear George Washington para as manobras navais com os sul coreanos, os militares da Coreia do Norte reagem com ameaças. Em comunicado divulgado pela agência oficial KCNA, as forças armadas afirmam que não vão hesitar em lançar novos ataques diante de novas provocações militares da Coreia do Sul.
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