Enchentes na Austrália já deixaram três mortos
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A pior enchente da Austrália dos últimos 50 anos já causa transtornos a cerca de duzentas mil pessoas em 20 cidades do nordeste do país. Três pessoas já morreram nas inundações dos últimos dias. Nesta segunda-feira, foram enviados à região aviões de transporte de suprimentos das Forças Armadas australianas.
Vinte e dois municípios estão completamente isolados, numa área que pode ser comparada aos territórios da França e da Alemanha juntos. Pelo menos 200 mil pessoas são afetadas pelas enchentes, que são provocadas pelo fenômeno climático La Niña, que produz as chuvas de monções sobre uma região que vai do sudeste da Ásia ao Pacífico. Os prejuízos materiais já são estimados em mais de 980 milhões de dólares, e as atividades econômicas dominantes na região - a agricultura, a pecuária e a extração de carvão para exportação - estão paralisadas.
A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, anunciou a liberação de verbas emergenciais para os agricultores e outras vítimas das enchentes. Ela reconheceu que as inundações podem durar ainda um mês e que em algumas cidades o pior ainda está por vir.
As Forças Armadas australianas começaram a distribuir alimentos e remédios, nesta segunda-feira, aos 75 mil habitantes da cidade costeira de Rockhampton, ilhada pelas águas que cobrem o estado de Queensland. Em algumas zonas, conforme as águas começam a baixar, as equipes de resgate encontram corpos de vítimas das enchentes.
Desde o fim de novembro, pelo menos dez pessoas morreram na Austrália por causa das chuvas. Hoje, um violento temporal provocou o desabamento do telhado de um cinema em Bathrust, cidade a 175 km de Sidney, provocando ferimentos leves em 36 pessoas.
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