China/EUA

Hu Jintao faz visita histórica aos Estados Unidos

O presidente norte-americano, Barack Obama recebeu na Casa Branca o presidente chinês, Hu Jintao.
O presidente norte-americano, Barack Obama recebeu na Casa Branca o presidente chinês, Hu Jintao. Reuters

O presidente da China, Hu Jintao, chegou nesta terça-feira à noite aos Estados Unidos para uma visita de quatro dias. Em Washington, ele foi recebido pelo vice-presidente Joe Biden e participou de um jantar privado com o presidente Barack Obama e com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. Nesta quarta-feira, os dois países assinaram contratos no valor de 45 bilhões de dólares.

Publicidade

Raquel Krahenbül, correspondente da RFI em Washington

O presidente chinês Hu Jintao foi recebido com pompas na capital americana. Saindo do avião, o vice-presidente Joe Biden o esperava no tapete vermelho com uma orquestra militar que tocou o hino dos dois países. Depois, Biden e o chefe de estado chinês seguiram para a Casa Branca, onde jantaram com o presidente Barack Obama e a secretária de Estado Hilary Clinton.

Nesta quarta-feira, os dois chefes de Estado tiveram um novo encontro bilateral, seguido de uma reunião com empresários americanos e chineses. Os Estados Unidos e a China assinaram contratos de um total de 45 bilhões de dólares. Os chineses compraram cerca de 200 aviões Boeing. Um outro contrato, no valor de quase 1,5 milhão de dólares, inclui a compra de equipamentos destinados aos setores de mineração e construção civil.

Hu Jintao também se reúne nesta quarta-feira com líderes democratas e republicanos no Capitólio. No fim do dia, Obama homenageia o líder chinês com um jantar oficial na Casa Branca, privilégio concedido apenas aos aliados mais próximos.

A recepção diplomática dá um parâmetro da importância deste encontro. Afinal, os líderes das duas nações mais poderosas do mundo têm muitos assuntos polêmicos e pendentes para discutir. A relação entre Estados Unidos e China é tensa e hostil. Os dois países discordam profundamente sobre questões como a valorização do yuan, o comércio bilateral, assuntos militares na Coreia do Norte e os direitos humanos na China.

Para o presidente Barack Obama, o encontro representa uma oportunidade de dar continuidade a uma promessa do que que seria o marco de sua política externa. Tanto que a visita começou a ser preparada intensamente duas semanas antes com os secretários americanos de Estado, do Tesouro, de Comércio e de Defesa articulando e fazendo pronunciamentos marcantes sobre estes assuntos. 

Raquel Krähenbühl , correspondente da RFI em Washington.

De acordo com a imprensa chinesa, o presidente Hu vai enfatizar que, apesar das divergências, uma relação construtiva entre os dois países poderia ajudar a garantir a estabilidade na Ásia e em todo o mundo. O porta-voz do Ministério do Exterior chinês disse que espera que esta seja uma oportunidade para os dois países iniciarem uma era de cooperação. Especialistas acreditam que com tanta falta de confiança mútua, se os países não chegarem a nenhum acordo, mas pararem de se hostilizar, isto já seria um progresso.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI