Conflito do Iêmen já deixou mais de 500 mil deslocados, diz ONU
Por causa do conflito violento no Iêmen, desde março mais de meio milhão de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas, afirma um relatório divulgado nesta terça-feira (19) pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (HCR). A capital do país, controlada por milícias xiitas huthis, voltou a ser alvo de bombardeios aéreos da coalizão liderada pela Arábia Saudita.
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Em seu relatório, o Alto Comissariado da ONU para refugiados informa que o conflito no Iêmen já deixou 545 mil pessoas deslocadas. Segundo o último balanço da Ocha, organismo da ONU encarregado de situações de urgência, outras 1.850 pessoas morreram e 7.394 ficaram feridas, de acordo com dados dos serviços médicos do país.
A coalizão liderada pela Arábia Saudita retomou os bombardeios aéreos na segunda-feira, depois de expirada uma trégua de cinco dias para a entrada de ajuda humanitária. A coalizão acusa os rebeldes de aproveitar o cessar-fogo para se reforçarem.
Nesta terça-feira, ataques foram registrados em diversas regiões do país e a capital, Sanaa, onde os bombardeios visaram um depósito de armas em Fajj Attane, no sul da cidade, e também posições dos rebeldes nas proximidades do palácio presidencial.
No norte, principal reduto das milícias xiitas huthis, a aviação da coalizão lançou dezenas de bombas contra grupos de pessoas e também em depósitos de armas. Em Aden, no sul, onde os bombardeios foram retomados no domingo, horas depois do fim da trégua, dez bairros controlados pelos huthis foram visados desde a madrugada.
O adjunto do porta-voz da ONU afirmou que a retomada dos bombardeios ameaça a realização de uma Conferência Internacional sobre o Iêmen. As Nações Unidas planejavam agendar o encontro para o dia 28 de maio.
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