Forças iraquianas invadem Fallujah, reduto do grupo EI no Iraque
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As forças iraquianas invadiram nesta segunda-feira (30) a cidade de Fallouja, situada a cerca de 50 quilômetros de Bagdá, no Iraque. A ofensiva marca uma nova e perigosa fase no combate iniciado há uma semana para retomar o local, controlado pelo grupo Estado Islâmico.
O exército iraquiano, armado de tanques e artilharia, contou com o apoio da coalizão internacional e da força aérea do país, segundo o general Abdelwahab al-Saadi, comandante da operação, que começou na madrugada desta segunda-feira. “O Grupo Estado Islâmico está resistindo”, declarou. As forças antiterroristas do país, que vêm agindo nos últimos dois anos em cidades tomadas pelos jihadistas, também participaram da ação.
Cerca de 3 mil pessoas conseguiram fugir antes da entrada do exército em Fallujah. Pelo menos 50 mil civis estão cercados na cidade pelos combates e estão atualmente sem água potável e remédios, o que deve gerar uma nova onda de deslocamentos. Os jihadistas são suspeitos de utilizar os habitantes da região como escudos humanos.
Em Amryat al-Fallujah, um vilarejo controlado pelo governo, situado a 20 quilômetros no sul da cidade, os habitantes da cidade que fogem dos jihadistas chegam com fome e exaustos, depois de horas de caminhada no meio da noite.
Forças curdas lançam ofensiva em Mossoul
Fallujah foi a primeira cidade a cair nas mãos dos extremistas, em janeiro de 2014, antes mesmo da ofensiva lançada cinco meses mais tarde. A ação facilitou, em seguida, a entrada do grupo Estado Islâmico em várias regiões do Iraque, como Mossoul, a segunda maior cidade do país, que ainda está sob controle do grupo.
As forças curdas lançaram neste domingo (29) uma ofensiva a leste de Mossoul, segunda cidade do país e “capital” do Grupo Estado Islâmico no Iraque. A batalha de Fallouja é considerada como uma das mais difíceis para as forças iraquianas, apesar dos jihadistas terem perdido força nos últimos anos, depois da intensificação dos ataques da coalizão internacional.
De acordo com o governo iraquiano, os jihadistas controlam atualmente cerca de 14% do território, contra 40% em 2014. Isso não impede o grupo de continuar praticando sangrentos atentados, como o ocorrido nesse domingo. Um kamikaze explodiu seu cinturão de explosivos em um bar frequentado por jovens iraquianos em Mouqdadiya, no nordeste de Bagdá, deixando 7 mortos.
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