Atentado terrorista deixa seis mortos no Afeganistão
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Pelo menos seis pessoas morreram em um ataque suicida cometido na manhã desta segunda-feira (25) perto da sede da agência de inteligência afegã em Cabul. O atentado foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.
De acordo com informações do ministério do Interior afegão, o terrorista acionou sua carga explosiva no momento em que os funcionários da agência chegavam para trabalhar. As vítimas estavam em um carro. O ministério da Saúde confirmou o número de mortos e relatou que uma pessoa ficou ferida.
Desta vez, o Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque através do seu órgão de propaganda, Amaq. "Uma operação suicida contra um centro de inteligência afegão (...) em Cabul", informou.
Histórico sangrento
Esse ataque ocorre uma semana após um atentado contra o principal centro de treinamento dos serviços de inteligência afegãos (NDS), na capital afegã, igualmente reivindicado pelo grupo extremista sunita. O atentado terminou com alguns feridos sem gravidade entre as forças de segurança.
Os ataques terroristas se repetem em Cabul, atualmente uma das cidades mais perigosas do Afeganistão. Em 31 de maio, a explosão de um caminhão-bomba matou 150 pessoas e feriu cerca de 400 outras na capital. Os jihadistas têm visado particularmente a minoria xiita em Cabul.
Paralelamente, os talibãs aumentaram o seu assédio contra as forças de segurança.
Na sexta-feira (22), um suicida explodiu sua carga em um carro militar perto de um complexo policial. Pelo menos seis policiais morreram. O ataque foi reivindicado pelos talibãs.
Segurança vulnerável
As forças de segurança afegãs, enfraquecidas por abandono de cargo e corrupção, perdem milhares de homens todos os anos. O problema se agravou a partir de 2014, quando a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos se retirou do país.
Em 2016, cerca de 6.800 soldados e policiais morreram, um aumento de 35% em relação ao ano anterior, segundo Sigar, uma agência militar dos EUA.
Os rebeldes também têm tirado proveito de brigas internas, agentes infiltrados e equipamentos militares vendidos por soldados corruptos.
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