Agência europeia recomenda uso do remdesivir em pacientes com forma grave da Covid-19

O antiviral remdesivir foi desenvolvido pelo laboratório americano Gilead para o tratamento do ebola, sem alcançar o efeito esperado.
O antiviral remdesivir foi desenvolvido pelo laboratório americano Gilead para o tratamento do ebola, sem alcançar o efeito esperado. Gilead Sciences Inc/Handout via REUTERS

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou nesta quinta-feira (25) a permissão "condicional" do uso do antiviral remdesivir em pacientes afetados pelo novo coronavírus. Em comunicado, a EMA informa que a molécula – já autorizada em casos de emergência em hospitais dos Estados Unidos e do Japão – será o primeiro medicamento contra a Covid-19 formalmente recomendado aos pacientes da União Europeia.

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O procedimento derrogatório da EMA permite acelerar a comercialização – por um ano – de um medicamento cuja avaliação ainda não está completa.

No caso do remdesivir, a agência europeia decidiu recomendar sua utilização para adultos e adolescentes a partir dos 12 anos que sofrem de pneumonia e precisam de oxigênio, ou seja, "os que estão afetados por uma forma grave" da Covid-19.

A decisão final caberá à Comissão Europeia e poderá ser anunciada na próxima semana, indicou a agência. 

Recuperação agilizada

Um estudo da EMA demonstrou que os pacientes com a Covid-19 e tratados com remdesivir se recuperam, em média, quatro dias antes que outros doentes. Na Europa, o antiviral será vendido sob o nome comercial de Veklury.

O remdesivir foi criado pelo laboratório americano Gilead para combater a febre hemorrágica do ebola, mas não alcançou os resultados esperados com essa doença.

Porém, durante um teste clínico de grande porte patrocinado pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID) dos Estados Unidos, a molécula demonstrou certa eficácia contra a Covid-19.

(Com informações da AFP)

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