África do Sul/Covid-19

África do Sul/Covid-19: reinstaurado recolher obrigatório

Pessoal de saúde protesta contra a falta de quipamentos de protecção individual, frente a um hospital na província do Cabo, África do Sul a 19 de Junho 2020.
Pessoal de saúde protesta contra a falta de quipamentos de protecção individual, frente a um hospital na província do Cabo, África do Sul a 19 de Junho 2020. REUTERS/Mike Hutchings

O Presidente Cyril Ramaphosa voltou a decretar este domingo o recolher obrigatório e a proibição de venda e transporte de bebidas alcoólicas, face aos mais de 12.000 casos diários de Covid-19 diagnosticados desde 9 de Julho no país.

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África do Sul contabilizava esta segunda-feira (13/07)  276.242 casos de Covid-19 e 4.079 mortes, sendo segundo a Organização Mundial de Saúde o décimo país no mundo mais afectado pela doença e representando 40% dos casos no continente africano.

Dois  meses depois de o ter suspenso e face à propagação exponencial da pandemia, com o registo de entre 12.000 e 14.000 infecções diárias desde 9 de Julho, o Presidente Cyril Ramaphosa, anunciou este domingo (12/07) na televisão, a reinstauração a partir de segunda-feira (13/04) do recolher obrigatório, entre as 21h e as 4 horas do dia seguinte, bem como a proibição de venda e transporte de bebidas alcoólicas e a obrigatoriedade de uso de máscara em locais públicos.

O Presidente precisou que a proibição da venda de alcool, deve permitir evitar acidentes rodoviários, diminuindo o número de pacientes e assim "não sobrecarregar" as clinicas e hospitais.

O chefe de Estado advertiu ainda que a África do Sul poderia registar entre 40.000 e 50.000 mortes ligadas à pandemia de Covid-19 até ao final de 2020, segundo as projecções dos cientistas.

No mesmo discurso, Cyril Ramaphosa frisou que as autoridades de saúde pública sul-africanas alertaram para uma escassez iminente de camas hospitalares disponíveis, bem como das reservas de oxigénio dos hospitais, numa altura em que o país prevê atingir o pico de casos da pandemia de Covid-19 entre o final deste mês e setembro.

A África do Sul impôs um dos confinamentos mais rigorosos no mundo entre abril e maio, que incluiu, por exemplo, o encerramento de quase todas as minas, fábricas e empresas e a proibição da venda de bebidas alcoólicas e de cigarros.

Covid-19: jornalistas e futebol

Ainda na África do Sul, o número de jornalistas em actividade reduziu de metade nos últimos três meses, segundo a ONG Sanef (South African National Editors’ Forum). Apenas 2.500 jornalistas continuam a trabalhar, segundo este organismo de defesa da liberdade de imprensa. 

A liga profissional sul-africana de futebol, anunciou a 13 de Julho a retoma do campeonato de primeira divisão.

Segundo as previsões da Premier Soccer League, os jogos vão decorrer na sua totalidade na província de Gauteng, considerada o epicentro da pandemia no país.

A data oficial da retoma ainda não foi confirmada, mas o objectivo é terminar a temporada até ao fim de Agosto.

Covid-19 em África

Até 13 de Julho África contabilizava 594.925 casos confirmados de Covid-19 e 13.249 óbitos, segundo dados do gabinete para África da Organização Mundial de Saúde.

Os três países mais afectados pela pandemia são a África do Sul com 276.242 casos e 4.079 mortes, seguida pelo Egipto com 82.070 casos e 3.858 óbitos e pela Nigéria com 32.558 casos e 740 mortes.

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