Relações internacionais/Síria

Diplomatas desejam sancionar Síria por armas químicas

Rex Tillerson e Margot Wallstrom,ministra dos negócios  estrangeiros da Suécia durante o  Encontro Internacional para  a Parceria contra a impunidade pelo uso de armas químicas.Paris.23 de Janeiro de 2018
Rex Tillerson e Margot Wallstrom,ministra dos negócios estrangeiros da Suécia durante o Encontro Internacional para a Parceria contra a impunidade pelo uso de armas químicas.Paris.23 de Janeiro de 2018 REUTERS/Philippe Wojazer

Diplomatas de 29 países reunidos em Paris abordaram nesta terça-feira a situação na Síria, com o objectivo de aplicar novas sanções as autoridades de Damasco.Na segunda-feira ,activistas dos direitos humanos afirmaram que 21 pessoas, incluindo crianças, depararam com dificuldades respiratórias devido à um alegado ataque químico. A França anunciou que vai sancionar 25 pessoas e firmas ligadas aos programas de armas químicas na Síria.  

Publicidade

O chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, que participou no Encontro de Paris, imputou à Rússia a responsabilidade dos ataques químicos alegadamente cometidos pelas forças governamentais na sua luta contra os rebeldes.

Tillerson afirmou, que independentemente de quem levou a cabo os ataques, a Rússia tem uma responsabilidade pelas vítimas registadas na região de Ghouta, leste da Síria, assim como pela morte de muitos outros sírios, alvos de ataques químicos.

Rex Tillerson considerou que a Rússia deveria abster-se de votar contra ou vetar as sanções propostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas,visando punir a Síria pela sua utilização de armas químicas.

A reunião de Paris,teve como objectivo incentivar a troca de informações entre os países,de forma a constituir uma lista de indivíduos implicados na utilização de armas químicas na Síria e noutras partes do mundo.

De acordo com os diplomatas reunidos na capital francesa no âmbito  do Encontro  Internacional Para a Parceria Contra  a Impunidade pela Utilização de Armas Químicas,sanções,congelamento de bens,assim como a proibição de circular e processos penais serão aplicados às pessoas envolvidas no uso de armas químicas.

O governo sírio tem sido acusado e recorrer a  armas químicas contra os seus opositores armados. Em 2017,as potências ocidentais, bem como as Nações Unidas acusaram as forças governamentais sírias de estar na origem de um ataque químico contra a aldeia de Khan Sheikun,controlada pelos rebeldes.

Segundo estimativas da França,ocorreram na Síria, desde o início do conflito em Março de 2011,pelo menos 130 ataques com armas químicas.Para além do governo sírio,os jiadistas do autoproclamado Estado Islâmico foram também acusados de utilizar gás mustarda na Síria e no Iraque.

O ministro dos negócios estrangeiros francês,Jean-Yves Le Drian, declarou que o seu país está determinado em contribuir para que os responsáveis por esses crimes de guerra sejam severamente punidos.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI