Europa do Sul em Chipre: acordo de Brexit não renegociável
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Teve início nesta terça-feira em Nicosia, capital do Chipre, a V Cimeira dos Países do Sul da União Europeia, na qual participam os chefes de Estado e de Governo do país anfitrião, da França, Itália, Portugal,Grécia, Malta e Espanha. Este último país é representado pelo ministro das Relações Exteriores, Josep Borrell Fontelles. A problemática das migrações,que tem afectado directamente os estados do sul europeu, é uma das questões na agenda do citado encontro.
Para além da questão das migrações vai ser igualmente debatido o Brexit do Reino Unido, bem como a reforma da União Económica e Monetária ( UEM ).
A reforma dos mecanismos monetários que regulam a zona euro,é um dos pontos que tem sido avaliado por Emmanuel Macron, desde a sua eleição à presidência francesa em Maio de 2017.
O Primeiro-ministro português António Costa, que um dia antes antes do começo da Cimeira esteve de visita oficial no Chipre durante a qual avistou-se com o Presidente cipriota Nicos Anastasiades, considerou que a reunião dos países do sul da Europa não tem um carácter regional, mas ao contrário, contribui para o reforço da unidade no seio da União Europeia.
Fazendo alusão ao Brexit, o Presidente francês Emmanuel Macron declarou em Nicosia que o acordo negociado entre a União Europeia e o Reino Unido, para a saída deste último do bloco europeu, é o melhor possível e não é renegociável.
A declaração do chefe de Estado francês é efectuada numa altura em que a Primeira-ministra britânica Theresa May, cuja proposta de Brexit foi rejeitada no dia 15 de Janeiro pelo Parlamento, considera que são necessárias modificações para que os deputados em Westminster aceitem o acordo de saída da União Europeia.
A cimeira de Nicosia tem também como objectivo a abordagem de questões da actualidade como as alterações climáticas, a segurança das fronteiras externas, a luta contra o terrorismo, assim como a transição digital.
Esta quinta Cimeira dos Países do Sul da União Europeia, ocorre quatro meses antes das eleições europeias de 26 de Maio, e num contexto marcado pela emergência de governos e partidos extremistas no seio do bloco europeu , que contestam os fundamentos das instituições de Bruxelas.
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