RDC: Bemba fala após seu regresso
O opositor e antigo vice-presidente da República Democrática do Congo, Jean-Pierre Bemba, regressou domingo ao seu país, no qual ele tenciona integrar a coligação Lamuka, na oposição.Bemba que foi impedido de participar na última eleição presidencial congolesa, por questões jurídicas, concedeu uma entrevista à RFI, na qual ele não precisa se será candidato em 2023. Todavia Jean-Pierre Bemba, sublinhou, nomeadamente, que as eleições de 30 de Dezembro de 2018 foram marcadas por irregularidades.
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Jean-Pierre Bemba, presidente do MLC ( Movimento de Libertação do Congo) regressou a Kinshasa no domingo, para segundo ele reintegrar a vida política congolesa no quadro da coligação Lamuka.
O opositor congolês que em 2018 foi libertado da sua prisão do Tribunal Penal Internacional e que por razões jurídicas foi impedido constitucionalmente de candidatar-se à eleição presidencial de 30 de Dezembro, declarou à RFI, que as últimas eleições congolesas foram inteiramente marcadas por irregularidades.
Jean-Pierre Bemba
Em geral as eleições de 30 de Dezembro de 2018 foram totalmente marcadas por irregularidades, quer a presidencial, como as legislativas. E o mesmo se passou com as senatoriais e com as eleições para governador.
O que se passa é que, infelizmente as instituições foram desvirtuadas , e não obstante o pouco que nos foi concedido, que não corresponde a realidade, ainda é querem reduzir o nosso número de deputados.
Nós deparamo-nos com pessoas que não foram eleitas pelo povo. Teve, sem dúvida, lugar uma negociação. Seria bom que um dia a população congolesa possa ler e ver esse acordo que feito entre o senhor Tshisekedi e o senhor Kabila.
A coligação Lamuka é um estado de espírito e uma força. Tenho conversado com Moïse katumbi, ele não tenciona abandonar a Lamuka. Em todo o caso , que eu saiba! Posso confirmá-lo,nunca foi questão disso, nem há debate sobre isso.
(Jean-Pierre Bemba)
Jean-Pierre Bemba, considerou positivo o pedido formulado pelo Presidente Félix Tshisekedi ao Tribunal Constitucional para que voltasse a ser examinado a anulação das eleições de vários deputados da coligação Lamuka.
O líder do Movimento de Libertação do Congo, confirmou igualmente a sua participação na manifestação convocada pela Lamuka para domingo, dia 30 de Junho, na qual ele estará ao lado de Martin Fayulu e Adolphe Muzito, também dirigentes da referida aliança de partidos.
Bemba, declarou igualmente à RFI que não espera nada da governação de Félix Tshisekedi, porque ele considera que teve lugar um acordo entre o chefe de Estado congolês e o seu antecessor Joseph Kabila, não revelado ao povo.
O líder do MLC concluiu que manter a unidade da Lamuka, nos próximos anos, é um imperativo, para que os congoleses que nela votaram não fiquem decepcionados.
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