Julgamento sumário dos manifestantes adiado para quinta-feira
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Em audiência em tribunal no final desta manhã, a justiça angolana decidiu adiar para quinta-feira o julgamento de 21 dos manifestantes detidos aquando das marchas antigovernamentais de Sábado passado em Luanda.
Várias vozes elevam-se para denunciar as condições de detenção dos manifestantes, sendo designadamente mencionados casos de tortura bem como a ausência de informação sobre o paradeiro exacto de alguns desses presos.
Em entrevista com a RFI, David Mendes, dirigente do Partido Popular e também advogado de alguns dos detidos refere-se à situação dos manifestantes bem como aos motivos invocados para o adiamento do seu julgamento sumário.
David Mendes
De acordo com a organização de defesa dos Direitos Humanos "Human Rights Watch", cerca de 30 outros manifestantes detidos no Sábado permanecem incomunicáveis. O advogado David Mendes refere ter igualmente apontado essa problemática durante a audiência desta terça-feira.
David Mendes
Por outro lado, a situação dos manifestantes detidos desde sábado não deixa de suscitar preocupação tanto a nível interno como a nível internacional. Esta Terça-feira, os eurodeputados portugueses do Bloco de Esquerda Miguel Portas e Marisa Matias questionaram a chefe da diplomacia Europeia Catherine Ashton sobre a repressão policial de sábado em Luanda, e exigiram saber do paradeiro, número e condições de detenção dos manifestantes. A Eurodeputada Marisa Matias explica os motivos dessa tomada de posição.
Marisa Matias
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