Detenções arbitrárias em Moçambique
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Milhares de pessoas estão detidas nas prisões de Moçambique sem que tenham sido considerados culpados de qualquer crime. As conclusões fazem parte do relatório da Amnistia Internacional apresentado, nesta quinta-feira, no país.
O relatório da Amnistia Internacional "Aprisionando os meus direitos: Prisão e detenção arbitrária e tratamento dos reclusos em Moçambique", avança que no país há milhares de pessoas que estão detidas de forma arbitrária.
A Amnistia Internacional afirma que, na maioria, os detidos pertencem a grupos sociais em desvantagem económica, são pouco informados e não têm forma de pagar um advogado. Porém, quando são representados, os detidos são "invariavelmente representados por indivíduos não qualificados ou por advogados com poucas qualificações.
A organização sem fins lucrativos constatou, ainda, que existem nos estabelecimentos prisionais, várias crianças com idade inferior a 16 anos e ainda que no país apenas uma minoria da população ter certidões de nascimento.
Amilcar Andela, vice-presidente da Liga dos Direitos Humanos de Moçambique reconhece a gravidade da situação, no entanto diz que a lei é permissiva com este tipo de situações.
Amilcar Andela, vice-presidente da Liga dos Direitos Humanos de Moçambique
De referir que a Amnistia Internacional realizou este relatório em parceria com a Liga dos Direitos Humanos de Moçambique.
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