Líbia: Macron remete escravatura para ONU
O chefe de Estado francês e o presidente em exercício da União Africana reuniram-se nesta quarta-feira em Paris. Emmanuel Macron e Alpha Condé, respectivamente, condenaram as denúncias de escravatura na Líbia.
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Os temas na agenda eram o relacionamento bilateral entre a França e a Guiné Conacri, primeiro Estado africano a cortar o cordão umbilical com Paris em África ou ainda os preparativos da cimeira entre os dois blocos europeu e africano agendada para a semana na maior cidade marfinense.
As crises que abalam o continente negro não deixaram de merecer a atenção dos dois estadistas, a começar pela instabilidade na Líbia e as denúncias de casos de escravatura.
Macron denunciou um "crime contra a humanidade".
"É um crime contra a humanidade.
É também uma das forma de tráfico mais rentáveis que alimenta as delinquências mais graves e em certa medida as redes terroristas."
O presidente francês que já exigiu medidas concretas do Conselho de segurança da ONU a este respeito.
Por seu lado o chefe de Estado da Guiné Conacri denunciava o papel dos europeus neste dossier.
"Achamos que os nossos amigos da União Europeia não tiveram razão ao pedir à Líbia para conservar os imigrantes porque a Líbia não tem meios para tal e atravessa grandes dificuldades. Na Líbia não há governo, logo a União Europeia não pode escolher um país sem governo para lhe pedir que aí retenha os refugiados. Sabemos que a Líbia não dispõe de meios para o efeito."
De realçar que Condé se avistou também em Paris com os líderes da oposição togolesa, o Togo mergulhado também numa vaga de contestação ao poder.
Confira aqui a crónica alusiva.
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