Incêndio mata 11 pessoas e desabriga 5 mil no Chile

Cortina de fumaça se alastra da periferia em direção ao centro de Valparaiso REUTERS/Cesar Pincheira

Ao menos onze pessoas morreram em um incêndio gigantesco em Valparaiso, na região central do Chile. O fogo, cuja origem ainda é desconhecida, destruiu cerca de 1000 casas e obrigou 5 mil pessoas a deixarem suas residências. A presidenta Michelle Bachelet deve visitar o local ainda no domingo.

Assim que o fogo começou a se alastrar, a presidência declarou estado de "catástrofe" na cidade de 270 mil habitantes, o que permitiu que milhares de homens das forças armadas fossem rapidamente deslocadas para garantir a segurança e ajudar na evacuação dos bairros atingidos. Os bombeiros de Valparaiso recebem ajuda de colegas das cidades vizinhas, além de reforços vindos de Santiago, a 120 quilômetros da região.

Área de incêndios

Diversas zonas da cidade estão sem água potável ou energia elétrica e uma espessa nuvem de fumaça cobre boa parte da cidade. A maior preocupação das autoridades é que o fogo, já incontrolável, chegue ao centro. Por causa da fumaça sufocante, mais de 200 detentas foram retiradas da cadeia feminina de Valparaiso, informou Tulio Arce, diretor regional dos serviços penitenciários.

De acordo com a agência chilena de situações de emergência (Onemi), o incêndio começou no início da noite de sábado em Polvora, na periferia de Valparaiso, e destruiu 15 hectares de eucalipto, pastos e arbustos. A rápida propagação do fogo foi ocasionada pelo calor que afeta a região nesta época do ano, acompanhado de fortes ventos.

Por isso os incêndios são frequentes em Valparaiso, declarada patrimônio da humanidade em 2003 e um dos principais destinos turísticos do Chile. Em fevereiro de 2013, em pleno verão, 1,2 mil pessoas foram afetadas e 105 casas destruídas por um incêndio causado por um homem de 27, que foi preso pela polícia.