Greve de transportes na Argentina promete paralisar o país
Os condutores de ônibus, trens, caminhões, aviões, barcos e metrô cruzam os braços nesta terça-feira (9) para exigir melhores salários. A paralisação de 24 horas tem o apoio de sindicatos da oposição. Além dos transportes, os serviços de coleta de lixo, distribuição de alimentos e abastecimento de combustíveis aos postos de gasolina também podem ser afetados.
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O setor marítimo portuário de Rosário, a 312 km ao norte de Buenos Aires, também ameaça suspender suas atividades. Os grevistas realizam barreiras para bloquear o trânsito em Buenos Aires e nas principais cidades do interior. A paralisação já provocou o cancelamento de ao menos 15 voos entre Buenos Aires e o Brasil, nove da Tam e seis da Gol.
Essa é a quinta greve desde que Cristina Kirchner assumiu a presidência, em 2007, e a segunda em dois meses. Os trabalhadores rejeitam a proposta de fixar tetos para os aumentos de salários acertados entre os sindicatos e as empresas.
Kirchner, de 62 anos, e que não poderá disputar um terceiro mandato consecutivo, estabeleceu um limite de 27% de reajuste anual, exceto setores que registram alta rentabilidade, como bancos e exportações de óleos.
Outra reivindicação do movimento sindical é a eliminação ou redução do imposto sobre os lucros, que deixa os salários mais caros. A greve acontece a cinco meses das eleições gerais de 25 de outubro.
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