Angola: PGR sem meios para combater a corrupção
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Procurador-geral da República de Angola, general Helder Fernando Pitra Grós afirma não ter condições para combater a corrupção, cavalo de batalha do Presidente João Lourenço.
Quando tomou posse como Procurador-geral da República, em finais de Janeiro, o general Fernando Helder Pitra Grós afirmou que as suas prioridades seriam o combate à criminalidade, com destaque para os crimes de "colarinho branco", branqueamento de capitais, corrupção e nepotismo, metas que prometeu alcançar a médio e curto prazo.
Pitra Grós declara agora não ter meios para o combate à corrupção, denunciando a falta de instalações dignas e a carência de recursos humanos qualificados na sua instituição, embora admitindo que - a todos os níveis - estão a ser criadas condições para um melhor desempenho dos magistrados do Ministério Público.
O combate à corrupção foi definido como uma das prioridades da governação do Presidente João Lourenço, que prometeu apoiar o sector da justiça, para que ele cumpra as suas obrigações.
Avelino Miguel, correspondente em Luanda
A Procuradoria Militar está também sem condições condignas de trabalho e carece de meios de transporte para a obtenção dos elementos de provas nos processos-crime, mas também carece de quadros qualificados, segundo o comandante do exército de Angola, general Gouveia de Sá Miranda, durante a primeira reunião do conselho Consultivo Alargado extraordinário da Procuradoria Militar que temrinou este sábado (17/02) em Luanda.
Entretanto na sexta-feira (16/02) depois de entregar as cartas credenciais ao Presidente João Lourenço, a nova embaixadora norte-americana em Angola Nina Maria Fite, declarou que o combate contra a corrupção vai incentivar mais investimentos por parte dos empresários do seu país.
Nina Maria Fite foi conselheira da embaixada dos Estados Unidos em Angola durante nove anos.
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